ATA DA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 01-7-2004.
Ao primeiro dia do mês de julho de dois mil e
quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Carlos
Pestana, Cassiá Carpes, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela
Maffei, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Cláudio Sebenelo,
Dr. Goulart, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Luiz Braz, Pedro Américo Leal,
Professor Garcia, Renato Guimarães, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de
quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos e instalada a Décima
Primeira Sessão Legislativa Extraordinária. Em continuidade, foi iniciada a
homenagem ao octogésimo aniversário da empresa Bebidas Fruki Ltda., nos termos
do Requerimento n° 112/04 (Processo n° 3021/04), de autoria da Vereadora Maristela
Maffei. Compuseram a Mesa: a Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre; os Senhores Nélson Eggers, Lauro Bergesh, Rovena
Giongo Eggers e Aline Eggers Bagattini, Diretores da empresa Bebidas Fruki
Ltda.; o Vereador João Carlos Nedel, 1° Secretário deste Legislativo. Em
continuidade, a Senhora Presidenta concedeu a palavra aos Vereadores que
falariam em nome da Casa. A Vereadora Maristela Maffei, proponente da presente
solenidade, discorreu sobre a história da instituição homenageada, destacando a
mentalidade empresarial, inovadora e solidária que garantiu o crescimento da Bebidas
Fruki Ltda. junto a um mercado caracterizado pela competitividade e presença de
grandes grupos internacionais. Finalizando, abordou a participação dessa
empresa no desenvolvimento gaúcho, em especial em termos de geração de emprego
e distribuição de renda. O Vereador Ervino Besson, enfocou a preocupação com o
meio ambiente demonstrada pelos dirigentes da empresa Bebidas Fruki Ltda.,
mencionando projetos de reutilização de água e campanhas de incentivo à
preservação do ambiente natural. Ainda, afirmou que a qualidade dos produtos
Fruki é reconhecida por todo o povo gaúcho, tendo alcançado sucesso graças a um
trabalho contínuo, marcado pela competência, responsabilidade e dedicação. A
Vereadora Maria Celeste, parabenizando a Vereadora Maristela Maffei pela
proposta da presente solenidade, declarou que a gestão da indústria Bebidas
Fruki Ltda. é embasada em conceitos como atuação em equipe, visão do coletivo e
integração com a comunidade. Também, lembrou campanhas culturais e de educação
ambiental implantadas por essa empresa, as quais demonstram preocupação com a
qualidade de vida e o desenvolvimento integral do ser humano. Na ocasião, a
Senhora Presidenta comunicou que o Vereador Beto Moesch se encontra
representando externamente este Legislativo na “I Conferência de Educação
Ambiental de Canguçu”, realizada no período de vinte e nove de junho a primeiro
de julho do corrente, no Município de Canguçu – RS. A seguir, foi dada
continuidade aos pronunciamentos dos Senhores Vereadores. O Vereador João
Antonio Dib, ressaltando que o crescimento de uma empresa ao longo de oitenta
anos é fruto da perseverança e do envolvimento pessoal de funcionários e equipe
dirigente, registrou o entusiasmo demonstrado pela direção da Bebidas Fruki
Ltda. na defesa dos interesses dessa indústria e da coletividade que a integra.
Além disso, aplaudiu a implantação, em Porto Alegre, do centro de distribuição
da empresa homenageada. O Vereador Elias Vidal saudou a empresa Bebidas Fruki
Ltda., salientando as dificuldades atualmente enfrentadas pelas indústrias
nacionais para competirem em um mercado caracterizado pela presença
monopolizadora de grandes grupos multinacionais. Ainda, analisou o significado
da conquista do emprego para a construção e manutenção da dignidade do ser
humano, citando programas comunitários implantados pela empresa homenageada. O
Vereador Professor Garcia, elogiando a iniciativa da Vereadora Maristela Maffei
em prestar a presente homenagem, analisou dados estatísticos que comprovam ser
de menos de um ano a média de vida de empresas familiares brasileiras, dada a
competitividade do mercado nacional e internacional. Nesse sentido, destacou a
importância dos oitenta anos de existência da Bebidas Fruki Ltda., enaltecendo
essa empresa pela ampliação da capacidade de produção e geração de empregos. Em
prosseguimento, a Senhora Presidenta concedeu a palavra ao Senhor Nélson
Eggers, que, em nome das Bebidas Fruki Ltda., agradeceu a homenagem hoje
prestada por este Legislativo, relativamente ao octogésimo aniversário da empresa
dirigida por Sua Senhoria. Após, a Senhora Presidenta registrou a presença do
Senhor Avelino Paulo Maffei, pai da Vereadora Maristela Maffei. Às quinze horas
e vinte e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às quinze horas e vinte e três minutos, constatada a existência de
quórum. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, esteve, em 6ª Sessão, o
Projeto de Lei do Executivo n° 018/04, discutido pelos Vereadores João Antonio
Dib, Reginaldo Pujol, Elói Guimarães e Guilherme Barbosa. Na ocasião, foram
apregoadas as seguintes Emendas ao Projeto de Lei do Executivo nº 018/04
(Processo nº 3006/04): de nos 26 a 30, de autoria do Vereador Luiz Braz; de nos
31 a 34, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão; de nos 35 a 40, de autoria do
Vereador Raul Carrion; de nos 83 a 88 e 90 a 96, de autoria do Vereador
Sebastião Melo. Também, foram apregoadas as seguintes Emendas Populares ao
Projeto de Lei do Executivo nº 018/04 (Processo nº 3006/04): de nos 41, 43, 44,
47, 48, 49, 50, 52, 54, 55, 56, 58, 60, 61, 62, 63, 65, 66, 67, 71, 72, 73, 74,
77, 78, 79, 80 e 89, de autoria da Associação de Moradores e Amigos do Bairro
Três Figueiras, do Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra
Redonda, Conceição e Assunção, da Associação dos Amigos e Moradores do Bairro
Menino Deus, da Associação dos Moradores da Chácara das Pedras, da Associação
de Moradores da Vila 14 de Novembro, do Centro dos Moradores do Bairro Rio
Branco e da Associação Cristóvão Colombo; de nos 42, 45, 46 e 53, de autoria da
Associação de Moradores e Amigos do Bairro Três Figueiras, do Centro
Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Conceição e
Assunção, da Associação dos Amigos e Moradores do Bairro Menino Deus, da
Associação dos Moradores da Chácara das Pedras, do Centro dos Moradores do
Bairro Rio Branco e da Associação Cristóvão Colombo; de nos 51, 57, 59, 64, 68,
69, 70, 75, 76, 81 e 82, de autoria da Associação de Moradores e Amigos do
Bairro Três Figueiras, do Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza,
Pedra Redonda, Conceição e Assunção, da Associação dos Amigos e Moradores do
Bairro Menino Deus, da Associação dos Moradores da Chácara das Pedras, da
Associação de Moradores da Vila 14 de Novembro e do Centro dos Moradores do
Bairro Rio Branco. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Professor Garcia teceu
críticas à atuação da Senhora Maria de Fátima Baierle à frente da Secretaria
Municipal de Educação. Ainda, manifestou-se acerca da aprovação, ontem, pela
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, do Projeto de Lei nº
091/2003, de autoria do Deputado Sanchotene Felice, que restringe o horário
para atividades de educação física nos estabelecimentos escolares, quando
realizadas ao ar livre. O Vereador Cassiá Carpes apoiou a definição de local
específico para instalação dos camelôs que atuam no Centro de Porto Alegre,
como forma de garantir empregos e maior fiscalização em termos de pagamento de
impostos e em termos de controle da origem e qualidade dos produtos
comercializados. Também, relatou denúncias recebidas pela Comissão de Direitos
Humanos e Defesa do Consumidor, de irregularidades em cooperativas
habitacionais não-legalizadas de Porto Alegre. Na ocasião, o Vereador Wilton
Araújo formulou Questão de Ordem acerca da aplicação do artigo 229 do
Regimento, que dispõe sobre o uso do período de Comunicação de Líder. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Wilton Araújo referiu-se à Lei Municipal nº
9475/04, originária de Projeto de Lei de sua autoria, a qual obriga as redes de
“fast-food” a afixarem tabelas visíveis com a quantidade de calorias e
nutrientes dos lanches. Nesse contexto, apelou ao Executivo Municipal para que
regulamente essa Lei, lembrando decisão judicial no Estado de Minas Gerais, que
obriga a rede McDonald’s a informar esses dados em seus lanches. O Vereador
Cláudio Sebenelo criticou o Executivo Municipal por não ter iniciado o processo
de recuperação de infra-estrutura dos bairros São Geraldo, Chácara das Pedras e
Três Figueiras, após ter sido aprovado, por esta Casa, no início do corrente
ano, empréstimo junto à Caixa Econômica Federal para esse fim. Sobre o assunto,
ressaltou que Senhor João Verle, Prefeito Municipal de Porto Alegre, havia se
comprometido, na ocasião, a investir esses recursos prontamente. O Vereador
João Antonio Dib, posicionando-se favoravelmente à redução do número de
vereadores nas Câmaras Municipais do País, lamentou a polêmica criada pela
mídia em torno do assunto, alegando que essa situação poderia ter sido evitada
se os Deputados e Senadores tivessem regulamentado os critérios constantes na
Constituição Federal de mil novecentos e oitenta e oito, que tratam da
composição das Câmaras Municipais. O Vereador Ervino Besson reportou-se à
Sessão Solene realizada por este Legislativo no dia vinte e nove de junho do
corrente, na Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados – SPAAN, em
homenagem ao Dia do Panificador. Também, ressaltou que, em função desse evento,
a SPAAN conseguiu a doação de uma tonelada de trigo, o que, segundo Sua
Excelência, beneficiará os idosos atendidos pela entidade. O Vereador Haroldo
de Souza abordou a questão dos vendedores ambulantes do Centro de Porto Alegre,
destacando que uma das prováveis soluções para o problema seria a criação de
áreas especiais para concentração desses vendedores e mencionando que essa
providência já foi tomada em outras cidades do País. Ainda, criticou o
Executivo Municipal em relação à não-implementação do Parque Industrial da
Restinga, justificando não haver interesse do Município em investir naquela
região. A Vereador Maria Celeste contraditou o pronunciamento do Vereador
Haroldo de Souza, em relação a críticas feitas ao Executivo Municipal, afirmando
que o Governo do Partido dos Trabalhadores à frente do Município tem desenvolvido
projetos de grande relevância social, principalmente no referente ao atendimento
às crianças carentes de Porto Alegre. Sobre o tema, noticiou que a Prefeitura
recebeu pela terceira vez consecutiva o prêmio “Prefeito Amigo da Criança”. Às
dezesseis horas e cinqüenta minutos, nada a mais havendo a tratar, a Senhora
Presidenta declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão e da Décima
Primeira Sessão Legislativa Extraordinária, convocando os Senhores Vereadores
Titulares para a Reunião Ordinária da Quarta Comissão Representativa, a ser
realizada na próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pela Vereadora Margarete Moraes e pelo Vereador Ervino Besson e
secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em
avulsos e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Havendo quórum, estamos instalando a 1ª
Sessão Ordinária da 11ª Sessão Legislativa Extraordinária.
Neste
momento, estou dando início ao período destinado a homenagear os 80 anos das
Bebidas Fruki Ltda., proposto pela Verª Maristela Maffei. Eu tenho muito
orgulho em convidar para compor a Mesa dos trabalhos os Srs. Diretores das
Bebidas Fruki - o Sr. Nélson Eggers, o Sr. Lauro Bergesh, a Srª Rovena Giongo
Eggers e a Srª Aline Eggers Bagattini.
A
Verª Maristela Maffei, autora desta homenagem, está com a palavra.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta da Câmara Municipal de
Porto Alegre, Verª e companheira Margarete Moraes; Srs. Diretores das Bebidas
Fruki - Sr. Nélson Eggers, Sr. Lauro Bergesh, Srª Rovena Giongo Eggers e Srª
Aline Eggers Bagattini -, Sras. e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos
assistem, funcionários da empresa Fruki, uma boa-tarde, sejam bem-vindos à
nossa Casa Legislativa da Capital do Estado do Rio Grande do Sul. É com muita
alegria e com muita honra que estou prestando esta homenagem junto com esta
Casa, que, por unanimidade, aprovou a iniciativa para que nós pudéssemos estar
aqui, neste dia, recebendo-os e homenageando-os. Não se trata apenas de uma
história, é uma história de pessoas que começaram lá na minha terra natal, em
Lajeado, com uma pequena empresa, e
hoje é uma grande indústria, o que nos orgulha muito.
E
o que mais nos orgulha é que saem de Lajeado, vêm para Porto Alegre e já se
estão irradiando por todo o nosso País. Isso retrata a história de um povo que
nós conhecemos muito bem, um povo aguerrido que desbravou e venceu, porque
dentro de uma economia internacional como nós temos no nosso País e
mundialmente, as empresas nacionais têm muitas, mas muitas dificuldades em
prosperar, pois, infelizmente, as grandes corporações, os grandes oligopólios
acabam vindo para cá, adquirindo as empresas e extinguindo o nosso valor, o
nosso produto e a nossa vontade política de nos estabelecermos, cada vez mais,
como força, expressão, autonomia econômica e autonomia política de um povo.
Então,
não é em qualquer momento que se realizam, se concretizam 80 anos de uma
caminhada. Não é em qualquer momento que se chega na Capital do Estado do Rio
Grande do Sul não apenas se propondo a fazer, mas fazendo, a realidade está
aqui.
Nós
temos aqui, Srª Presidenta, um grupo de funcionários desta empresa daqui de Porto
Alegre, gente nossa, que, em um momento tão grave para o nosso País, de
desemprego, de desestruturação familiar, estabelece um paradigma tão
importante. Isso também é política de inclusão.
Nós
lutamos, enquanto Partido dos Trabalhadores, para que cada vez mais, na nossa
Cidade, no nosso País, assim como com o Projeto Fome Zero, outros projetos
possam ser implementados. Sabemos que é a agricultura familiar que faz a
riqueza deste País, são o pequeno e o médio agricultores.
Nós
vimos se estabelecer e vigorar no nosso Estado, com a nossa base social e
econômica, a empresa Fruki. Não é apenas mais um nome, é também a qualidade. De
uma forma graciosa, um Vereador me disse há poucos dias: “Ah, agora temos aqui
a senhora Fruki!” Quero dizer que me enchi de orgulho, porque jamais faria uma
propaganda da forma que faço para esta empresa, que é muito mais do que
refrigerantes, para a Coca-Cola ou para a Pepsi. Faço para a Fruki, porque este
é um produto de qualidade, é um produto nosso, que gera empregos, gera inclusão,
traz divisas.
O
diretor-presidente da Fruki vem-nos trazer o convite da inauguração da extensão
da empresa aqui, na Av. Manoel Elias, que trará para Porto Alegre 100 empregos
diretos e, provavelmente, em torno de 1500 empregos indiretos, assim como uma
resposta em termos de ICMS, que o Governo do Estado terá de repassar no ano que
vem: aproximadamente 20 milhões de reais em impostos diretos para o nosso
Município.
Então
não é qualquer momento, não é qualquer coisa que está acontecendo. E mais do que
trazer o convite, nós também, depois, poderemos degustar os novos lançamentos
da nossa empresa.
Fiz
questão de vir aqui falar, fiz questão de protocolar, porque tenho muito
orgulho da terra onde eu nasci, Lajeado. Há muito mais pessoas que também
vieram de lá, aqui se estabeleceram e hoje ajudam a garantir a economia interna
do nosso Município, do nosso Estado.
Nesse
sentido, quero deixar um grande abraço a você, Nelson, à sua esposa e demais
familiares, a toda a diretoria, ao corpo de funcionários. Senti-me muito
honrada por esta Casa, por unanimidade, ter aprovado esta homenagem. Isso é uma
forma de nós vencermos juntos, uma parceria da iniciativa privada com o Poder
Público, com o Poder Legislativo. Sintam-se abraçados, muito bem-vindos ao
nosso Município, e que mais momentos como este, com certeza, tenhamos. Vitória
para todos! Obrigada. (Palmas.)
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço as palavras da Verª Maristela
Maffei.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra.
O SR. ERVINO BESSON: Exma Srª Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Meus caros
diretores, esta homenagem era para ter sido feita na semana passada. Ela foi
transferida por causa da nossa grande perda, a perda do nosso grande líder,
Leonel de Moura Brizola. Prontamente, por iniciativa desta Casa - da nossa
querida Presidenta e dos demais Vereadores -, foi decretado luto oficial. Mas
hoje nós estamos aqui prestando uma justa homenagem a essa grande empresa, e eu
quero parabenizar a Verª Maristela Maffei por sua brilhante iniciativa.
A
Fruki é uma empresa que completa 80 anos. Iniciou – como relatou a proponente
desta homenagem - em Lajeado, como uma empresa pequena. Hoje, pela luta, pela
garra, pela competência dos fundadores, se tornou uma grande empresa, uma
empresa respeitada aqui no nosso Rio Grande e até fora do nosso Rio Grande.
Isso pela competência de vocês!
É
uma bebida respeitável. Por que a empresa teve esse crescimento? Pela qualidade
da bebida, vocês podem-se considerar grandes vencedores. Vocês tiveram o
reconhecimento do povo do nosso Rio Grande, que é um grande consumidor da
bebida Fruki, como já disse, pela sua qualidade.
Além
disso, como está neste folder, essa empresa se preocupa com o nosso meio
ambiente. Há dados importantíssimos aqui: a empresa utiliza a água e tem
preocupação em preservar e ter cuidado com o nosso meio ambiente. Nós temos 3%
do planeta constituído de água doce, mas 1%, minha cara proponente desta
Sessão, Verª Maristela Maffei, é de água potável, isto é, temos somente 1% de
condições para consumo humano. Então, que isso seja mais um alerta. Todas as
empresas deveriam ter esse cuidado e alertar a nossa população do que
representa o consumo, hoje, da água potável. Conforme dados que nós temos,
através de pessoas respeitáveis deste País, há o alerta para o fato de que, se
não houver um cuidado maior, em um curto espaço de tempo, talvez a água venha a
custar muito mais caro do que o próprio petróleo. Isso é um alerta!
E, também, eu estava
vendo, aqui, meus caros diretores, que a empresa utiliza a água e a reutiliza
para lavar os caminhões da própria empresa – ato digno! E isso tem de ser dito
aqui nesta tribuna aos senhores e às pessoas que nos assistem através da
TVCâmara. Eu tenho certeza de que esse exemplo, esse folder, será de grande
importância para muita gente, e um grande alerta.
A
Fruki, como eu já disse, e conforme a proponente falou, também está se espalhando
pelo nosso Rio Grande. Iniciou como uma pequena família; e hoje, depois dos
seus 80 anos, pode-se dizer que a Fruki, que era uma pequena família, se
transformou em uma grande família - a prova está aqui. Vocês fazem parte desta
grande família que hoje é a Fruki.
Portanto,
em nome do meu Partido, o Partido Democrático Trabalhista, eu quero, com muito
orgulho, cumprimentá-los, porque, como eu já disse, vocês pertencem a esta
empresa, que iniciou como uma pequena família e hoje é uma grande família, e
vocês estão incluídos nesta grande família. Tenho certeza, meus caros diretores
e diretoras, de que o sucesso de vocês, sem dúvida nenhuma, é muito profícuo,
porque competência, capacidade, dedicação, não lhes falta, e o Estado se sente
muito orgulhoso de ter uma empresa totalmente nossa, totalmente gaúcha, que
traz, além de muitos empregos, recursos para os cofres públicos.
Portanto,
esta Casa sente-se muito orgulhosa de prestar esta homenagem a vocês. Vida
longa, muita paz, muita saúde a vocês, fundadores e diretores, juntamente com
esta grande equipe de funcionários que está aqui, e também aos funcionários que
não estão aqui presentes. Sucesso a todos! (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maria Celeste está com a palavra.
A SRA. MARIA CELESTE: Exma Srª Presidenta da Câmara
Municipal, Verª Margarete Moraes. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) É muita honra recebê-los aqui em nossa Câmara Municipal. Falo em
nome da minha Bancada, o Partido dos Trabalhadores, e também em nome da Bancada
do PCdoB, do Ver. Raul Carrion, que está aqui.
Primeiramente,
eu queria também fazer uma saudação especial à companheira Maristela Maffei,
que traz para esta Casa uma homenagem importante. Oitenta anos de vida, 80 anos
de história de uma empresa que está chegando em Porto Alegre. Para nós é
significativo, é fundamental, é importante que os Vereadores desta Casa possam
estar fazendo esta acolhida necessária depois de 80 anos de história. Isso,
para nós, é importante. Uma saudação especial aos funcionários que estão aqui
conosco. Mas eu gostaria de salientar alguns valores desta empresa, tão bem
colocados aqui: é uma empresa que atua com base no trabalho de equipe, que traz
a questão do coletivo muito presente; uma empresa que traça os seus objetivos e
os alcança porque trabalha muito a equipe, trabalha o coletivo; trabalha para
satisfazer os clientes, os consumidores, mas trabalha, fundamentalmente, para
satisfazer e para consolidar a sua equipe, os seus funcionários, a sua direção,
enfim, toda a sua empresa. Além disso, é uma empresa que tem respeito à
natureza, que preserva o meio ambiente; uma empresa que tem uma relação com a
comunidade, que tem uma preocupação com a questão social e, mais ainda, uma
empresa que tem uma preocupação com a questão do incentivo à cultura. Quero
salientar a questão da ação comunitária, o quanto esta empresa, nesses 80 anos,
tem essa preocupação, esse objetivo fundamental de não esquecer de que precisa
gerar emprego e renda, precisa ter lucro, mas que também tem uma
responsabilidade com o social e com a comunidade onde está inserida, ou com as
comunidades vizinhas. Então, quero salientar aqui os projetos assistenciais que
esta empresa tem e referenda no seu cotidiano, a participação com as entidades
filantrópicas, os recursos, enfim, os aportes que são destinados, que esta
empresa tem como fundamental no seu objetivo de participação.
Quero
salientar a questão do incentivo à cultura, para nós tão cara, tão fundamental,
sendo que, muitas vezes, o olhar do empresário parece não estar disposto a esse
tipo de iniciativa; e esta empresa mostra e coloca na prática da sua vida o
incentivo à cultura, com os vários eventos, e quero aqui destacar apenas
alguns: O Duelo; Neto Perde sua Alma, um curta-metragem; Cultura em Ação;
Lajeado e seus Vultos Históricos; o Grupo Folclórico, em Arroio do Meio; o
filme Jacobina; enfim, tantos outros projetos de incentivo à cultura, que esta
empresa, preocupada com esse olhar, financia, patrocina, faz com que essa cultura
esteja permeada na nossa comunidade.
Por
fim, quero salientar a questão do meio ambiente. O Ver. Ervino Besson já
colocava aqui algumas questões que este folheto trouxe para nós. Eu acho
importante, inclusive, que a câmera mostre para nós, por favor, este folheto.
(Mostra o folheto.) Um folheto educativo, que fala da água, da preservação das
florestas, da importância do cuidado que temos de ter com a nossa água. E com
relação a esse cuidado que se tem de ter, parece que essas questões que eu levantei
- a questão da comunidade, a questão da valorização do incentivo à cultura, a
questão da própria preservação ambiental - parecem ser questões colocadas,
muitas vezes, apenas pelo Governo, pelas organizações não-governamentais, mas,
com muita responsabilidade, ela vem e traz a marca de uma empresa preocupada
com a comunidade. Eu acho que isso, para nós, é um exemplo muito claro de como
as empresas têm de estar, cada vez mais, também cumprindo um papel social,
também estando ao lado dos Governos, ao lado das comunidades, prestando os seus
serviços, não só na venda e no lucro, mas, principalmente, com iniciativas como
essas três que eu destaquei.
E,
por fim, aqui no folheto, há uma frase muito significativa, que eu acho que
resume esses 80 anos de história de vida desta empresa, uma empresa que é
consolidada, que tem uma preocupação na geração de emprego e renda, uma empresa
é construída em cima de uma base forte, como a questão familiar, e reproduz
isso nos seus laços de trabalho com seus empregados. A frase é a seguinte
(Lê.): “Se cada um de nós fizer a sua parte, podemos mudar o rumo da história”.
Com certeza, nesses 80 anos, Srs. Diretores, vocês mudaram o rumo da história
de muitas pessoas e continuarão mudando o rumo da história de várias mulheres,
homens, crianças, adolescentes da cidade de onde vieram e, principalmente, da
nossa cidade de Porto Alegre. Muito obrigada, vida longa e parabéns. (Palmas.)
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Quero aproveitar para registrar que o
Ver. Beto Moesch se encontra representando esta Presidência na I Conferência de
Educação Ambiental de Canguçu.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, Sr. Nélson Eggers, que eu tive o
prazer de conhecer há poucos minutos e sentir o entusiasmo com que defende a
sua empresa, o seu trabalho, a sua organização - com isso, eu fico muito
contente -; Srª Rovena Giongo Eggers; Srª Aline Eggers Bagattini; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, colaboradores da Fruki, a vida nos leva por
estranhos e sinuosos caminhos. Como eu poderia dizer que, 33 anos depois de
chegar a esta Casa, tendo sido responsável duas vezes pela distribuição de água
potável na Cidade, já que eu fui Diretor do DMAE duas vezes, eu estaria nesta
tribuna homenageando, em nome do meu Partido, por iniciativa da Verª Maristela
Maffei, uma empresa lá de Lajeado. Lajeado é a terra da Verª Maristela Maffei,
que está, hoje, muito feliz, porque seu pai, Avelino Paulo Maffei, aqui se
encontra – saúde e paz para o senhor e cumprimentos pela filha.
Oitenta
anos são 29 mil, 220 dias, mas 80 anos também são mais de três gerações. E
quando se consegue fazer uma pequena empresa crescer e ser respeitada ao longo
de 80 anos, significa que houve muito coração na realização dos trabalhos desta
empresa. Eu vou chamar atenção para um fato, porque os colaboradores da empresa
são importantes. No ano passado, eu presidi uma Sessão, aqui - e eu tenho a
mania dos números -, e a Sessão era de 50 anos da Petrobrás, e aí eu contei 36
pessoas. Hoje eu olho para lá, a Fruki tem mais colaboradores do que a poderosa
Petrobrás, que, segundo dados de jornais de hoje, teve, no ano passado, um
lucro de 19 bilhões e meio de reais. Sei que a Fruki não tem todo esse lucro,
gostaria de ter, mas acredito que ela dê um tratamento muito bom para os seus
servidores, porque eles estão aqui para aplaudir. Olhando algumas coisas aqui,
eu vou viver reminiscências, porque eu acho que pouca gente, nesta Casa, algum
dia pôde chegar em um bar ou em um mercadinho - como se dizia naquele tempo - e
pedir uma gasosa. Era uma bebida muito boa, que hoje eu não vejo mais em lugar
nenhum, mas que disputava com o guaraná. Um dos meus assessores dizia que o guaraná
Fruki para ele, desde que começou a bebê-lo, lá em Soledade, era o melhor que
havia. Também eu olhei aqui e me lembrei da laranjinha. São coisas que ficam
marcadas na vida de todos nós e, quando acontecem momentos como este, trazem o
passado até nós neste momento, nos dão satisfação, nos dão alegria. Então nós
ficamos felizes em estar aqui hoje, por iniciativa da Vereadora Maristela
Maffei, fazendo uma homenagem aos 80 anos da Fruki. E, como eu disse, os
caminhos são sinuosos, não era para ser hoje; hoje nós íamos apenas discutir a
Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas um evento triste, no Brasil, fez com que a
Câmara decretasse três dias de luto, e nós, então, estamos aqui aproveitando
este momento para fazer esta homenagem, e, parece-me até, que é uma homenagem
no dia certo, porque, segundo eu leio, neste dia também, no dia de hoje, será
inaugurada a segunda filial da empresa, um centro de distribuição aqui em Porto
Alegre. Portanto, há uma série de razões, Verª Maristela Maffei, meu caro
Antônio Paulo, para que Lajeado esteja de parabéns. Até um dia eu espero que a
minha cidade, Vacaria, também venha aqui receber uma homenagem pela maçã, pois,
cada vez mais, há uma produção melhor no nosso País, substituindo todas as
outras que nós importávamos do estrangeiro. Mas também, se um dia fui
responsável pela distribuição de água potável nesta Cidade – ou melhor, por
duas vezes eu fui o responsável -, eu tenho de ficar contente de ver o cuidado
com que a água é aproveitada lá na Fruki; aproveitam a água das chuvas
acumuladas para limpar os seus veículos, para limpar os seus pátios, fazendo
lançamento dos efluentes no arroio, em condições bastante razoáveis e aprovadas
pela Fepam. Portanto, neste momento, só me resta dizer que, em nome do meu
Partido, Ver. Pedro Américo Leal, Ver. Beto Moesch - que está representando a
Presidência, mas é um homem que se preocupa muito com a água -, Ver. João
Carlos Nedel, e em meu nome próprio, nós queremos dizer a vocês que continuem
trabalhando da mesma forma, porque trabalhar da forma que trabalham é servir a
sua cidade, ao seu Estado e ao seu País. Isso nos faz extremamente felizes, não
há nada mais importante que o trabalho.
Quem
sobe as escadas da Prefeitura, lê uma frase de Getúlio Vargas: “O trabalho é o
maior fator de elevação da dignidade humana”, e vocês estão proporcionando
dignidade a muita gente.
Os
nossos cumprimentos e, mais uma vez, os nossos votos de longa vida. Saúde e
PAZ! (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Os meus cumprimentos ao Ver. João
Antonio Dib pelo seu belo pronunciamento.
O
Ver. Elias Vidal está com a palavra.
O SR. ELIAS VIDAL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Srs.
funcionários da empresa Fruki, a “Água da Pedra”, em nome do meu Partido, o
PTB, do nosso Líder da Bancada, Cassiá Carpes, do nosso querido Ver. Elói
Guimarães, quero externar a nossa alegria, o nosso tributo à história, aos
personagens de uma história real e verdadeira.
Vivemos
em um contexto onde o mercado informal se alastra como uma epidemia, como uma
praga sobre a face da terra. E o Brasil, o nosso Estado, a nossa Capital não
são diferentes, quando é mais fácil vender algo ali, do outro lado, no
Paraguai, no mercado informal que gera pobreza, desemprego, que quebra e fecha
as empresas, que míngua os recursos para a educação, para a saúde, para a
segurança. Em contrapartida, nós vemos aqui uma empresa idônea, uma empresa
séria, e só olhar este histórico aqui. Eu acredito que os senhores, quando
pegam uma relação da vida de uma pessoa, de uma empresa, e isso vem com uma
data lá detrás, com uma data de 1924 – olhem que coisa maravilhosa -, depois há
outras datas, 1935, 1940, 1970, são datas em que a empresa passou por momentos
que a marcaram, momentos esses que marcaram também a família e aqueles que
servem nessa abençoada instituição. Uma empresa que gera empregos, que gera
riqueza, tributos, onde, dignamente, quem trabalha recebe o seu salário.
Salário -, hoje em dia, esse desemprego pelo mundo afora é algo que nos
assusta, nos amedronta, nos apavora. Falta de emprego significa um filho que
não pode estudar, é um tênis que um filho não pode ter; é um passeio, é um
remédio, é uma roupa, significa o contrário da qualidade de vida, o desemprego.
E essa empresa, de uma forma séria, porque é uma empresa que foi gerada no seio
de uma família, que foi num crescendo, mas tinha como futuro uma visão de uma
empresa moderna. Eu tenho certeza, embora não conheça toda a história desta
empresa, de que, lá atrás, houve muitos sonhos, muito suor, muita lágrima,
muitas crises, eu acredito, muitas dificuldades, quem sabe até passou pela
possibilidade de fechar, pelas múltiplas crises que a nossa Nação, o nosso País
passou, mas, ali, os seus fundadores, homens que tinham uma visão, mantiveram o
leme, acreditaram! Eu acredito que também foi um trabalho coletivo em que se
valorizou sempre o ser humano, as pessoas à sua volta, porque só um grande
homem, um grande líder, que valoriza o ser humano, tem a capacidade de agregar
pessoas para, juntamente com elas, fazer um trabalho coletivo, um trabalho de
mutirão, de dedicação, de amor. Tenho certeza de que é uma empresa moderna, mas
é uma empresa família. Eu quero cumprimentar a Verª Maristela Maffei,
proponente desta homenagem, que foi muito feliz ao propô-la, porque é uma
empresa séria, é uma empresa que enriquece, que contribui. Vivemos em um
período, em um contexto onde há pobreza, há miséria, há o desrespeito com a
natureza, com o ser humano, com o próximo, e esta é uma empresa que vem
crescendo, porque ela é fundamentada na verdade, no trabalho, no amor, no
respeito, na valorização dos seus funcionários, uma empresa que contribui, que
gera riqueza. E, que bom se muitas outras empresas pudessem ter o histórico que
esta nobre empresa tem. Ela produz refrigerantes - eu, particularmente, gosto
muito do guaraná Fruki, que é docinho, que é gostoso, que alimenta e geladinho
chega até dar água na boca Mas, V. Exª está de parabéns, Vereadora. Que bom se
nós pudéssemos ter mais empresas como esta para contribuírem com o nosso País,
com o nosso Estado. Eu desejo, de todo o meu coração, que Deus abençoe muito
mais do que tem abençoado, porque, abençoando vocês, está também abençoando os
funcionários, as famílias dos funcionários e outros funcionários mais que se
irão agregar, porque os senhores terão de contratar mais funcionários.
Então,
eu desejo, como Parlamentar, e acredito que todos os Vereadores aqui desejam
que esta empresa cresça cada vez mais para a felicidade, para a realização
pessoal, porque isso enobrece os seus fundadores, os seus familiares, os seus
descendentes; ver o sucesso de um sonho que foi gerado, de repente, foi
rabiscado, iniciou lá no fundo do quintal e hoje é uma empresa moderna, uma
empresa referência, que traz, que contribui, que ajuda na solução dos problemas
na sociedade, está contribuindo para Porto Alegre trazendo um complexo para
este Município. Que boa idéia! Fruki é uma boa idéia! Essa é uma boa idéia, uma
idéia que não deixa tonto, uma idéia que não gera acidentes, que alimenta, que
deixa a vida mais suave. Que bom que veio para Porto Alegre! Nós, Vereadores
desta Capital, nos sentimos extremamente honrados. Que Deus abençoe ricamente
os senhores, os funcionários, os outros que não puderam vir, e eu finalizo,
dizendo à Vereadora que Vossa Excelência está de parabéns. Todos nós estamos de
parabéns, Porto Alegre está de parabéns. Que Deus os abençoe ricamente e a nós
não nos desampare. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Quero fazer, também, uma saudação especial ao Sr. Ivsen Gonçalves,
Gerente Comercial da Fruki.
Primeiramente,
queremos parabenizar a iniciativa da Verª Maristela Maffei em trazer para esta
Casa uma homenagem aos 80 anos da Fruki. Em 80 anos, com uma característica
especial, porque no nosso País, primeiro, grande parte das empresas não resiste
um ano, há dados estatísticos. Segundo, grande parte das empresas, que tiveram
sucesso, empresas familiares, seus descendentes, muitas vezes, não continuam a
jornada. Recentemente, eu ressaltei isso quando tivemos a oportunidade de
homenagear os 120 anos da Livraria do Globo, uma empresa familiar, como é o
caso dos senhores e das senhoras.
É
muito gratificante saber que aquela obra, que teve início há 80 anos, continua
ainda dinâmica, em crescimento. E quando a empresa se alicerça na questão
familiar, é muito mais saudável, claro que sempre há as disputas e as rusgas,
porque fazem parte. Na nossa relação, seja ela qual for, dentro da família, nós
sabemos das dificuldades, seja no casamento, seja no convívio entre irmãos e
familiares.
Mas
uma empresa desse porte, genuinamente gaúcha, continuar nesse mercado de
refrigerantes, um dos mercados mais disputados em nível mundial - não é por
acaso que esse mercado conseguiu mudar, por exemplo, uma olimpíada, que, há
oito anos, seria disputada na Grécia, só não o foi, porque uma das maiores, se
não a maior empresa de refrigerantes do mundo, resolveu dizer que ia ser em Los
Angeles -, a Fruki, com toda essa pressão, consegue manter, 80 anos depois,
esta empresa, e de forma dinâmica. Dinâmica, porque, como diz a sua história,
em 1998, através de um protocolo com o Governo do Estado, com o Fundopem, teve
a concessão de incentivos fiscais destinados a investimentos na ampliação da
capacidade de produção para 300 milhões de litros/ano; instalação de uma linha
de latas de 60 mil latas por hora; uma linha de produção e engarrafamento de 10
mil garrafas PET de 2 litros por hora. Em 2001, a empresa lançou no mercado a
água mineral Água da Pedra, que hoje disputa no mercado espaço idêntico aos
demais refrigerantes. Em 2002, foi lançado o repositor energético Frukito,
sabor de frutas cítricas, e, como já foi dito por outros Vereadores, em 2003, a
primeira filial, e agora vamos ter a oportunidade, aqui na nossa cidade de Porto
Alegre, de ter a segunda filial da empresa.
Então,
é uma empresa que tem 80 anos, genuinamente gaúcha, familiar, mas que tem uma
longa ambição, o que faz com que, cada vez mais, se modernizando, vá ocupando
novos espaços. Acredito que a pressão deva ser cada vez maior para tirá-la do
mercado, mas sei também que, aqui no nosso Estado, nós somos bairristas,
queremos manter as nossas raízes e a Fruki faz parte disso. Fiquei muito
satisfeito em ver, também, a preocupação que os senhores têm com a questão ambiental,
a reciclagem, o aproveitamento da água da chuva, ou seja, uma parceria
completa: a natureza, o ser humano, a família, e, principalmente, a
oportunidade de gerar emprego e renda, que é aquilo que se busca no nosso País.
Porto Alegre, embora seja uma das capitais de menor índice de desemprego, hoje
ainda têm 17% de desemprego; é alto. Então, esta empresa que aqui em Porto
Alegre oferece 100 empregos diretos e mais 250 em Lajeado, com o crescimento,
temos a certeza de que irá chegar a 500 empregos diretos; isso tudo faz com que
hoje, nesta tarde, a cidade de Porto Alegre e o Estado do Rio Grande do Sul
possam realmente agradecer e dizer: “Muito obrigado, Fruki, por esse exemplo
que vocês têm dado de 80 anos de consolidação no mercado em prol da família, em
prol do trabalho e, principalmente, na questão ambiental, gerando emprego e
renda”. Muito obrigado.. Felicidades a todos. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Com muito orgulho, neste momento, ofereço
a palavra a Sr. Nélson Eggers, que representa o empresa Fruki.
O SR. NÉLSON EGGERS: Srª Presidenta, Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero
fazer uma saudação muito especial - que deixei para o final, porque merece muito
- à Verª Maristela Maffei, nossa conterrânea de Lajeado, que foi tão singela a
Lajeado me perguntar se eu aceitaria uma homenagem da Câmara Municipal de Porto
Alegre. Muitas coisas passam pela cabeça da gente; isso nunca me passou pela
cabeça: ser homenageado nesta Casa. É uma honra enorme. As palavras me faltam,
porque eu não sou especialista nisso. Eu sei fazer outras coisas melhores do
que usar um microfone. Mas vou tentar responder à altura daquilo que esta Casa
e a Vereadora merecem. Muito obrigado por tudo o que estão fazendo por nós.
Rapidamente,
eu quero falar um pouquinho sobre a Fruki, deixar alguma mensagem daquilo que
nós fizemos nesses 80 anos e o que nós pretendemos, melhorando um pouco a nossa
comunidade, mesmo sendo empresários, comerciantes que visamos ao lucro.
Nós
começamos em 1924, em Arroio do Meio, que, na época, pertencia a Lajeado. No
Interior, Emílio Kirst fundou essa pequena fábrica de cerveja e refrigerantes,
porque a terra dele era muito pouca para uma família grande e precisava ter
mais uma atividade. E ali é que começou a nossa atividade. Esse cidadão,
casualmente, é o meu avô. Portanto, já somos da terceira geração – a Aline já é
da quarta -, continuando sempre a mesma família. Todos nós somos parentes,
todos os sócios são parentes. Nós não temos nenhum milionário. Ninguém tem uma
cobertura em Porto Alegre ou no Rio de Janeiro. Ninguém tem uma fazenda. O que
nós temos é a casa onde moramos e a participação na empresa onde nós
trabalhamos. Basicamente é isso o que nós temos.
Nós,
em 1971, nos transferimos para Lajeado e construímos uma fábrica moderna.
Agora, já faz mais de 30 anos, e ela continua sendo modernizada até hoje. Hoje,
a Fruki é visitada por empresas do ramo de todo o mundo, por ser uma empresa
muito moderna; inclusive, as multinacionais grandes - que foram mencionadas
aqui - também nos visitam.
Alguma
coisa eles colhem, o que nós temos melhor do que eles. Lógico, nós não somos
melhores do que eles, mas temos algumas coisas melhores do que eles, como as
máquinas mais modernas fabricadas no mundo; tivemos apoio do Governo para fazer
isso, e aplicamos bem esse dinheiro; não o usamos para nós, mas para
desenvolver a indústria, criar empregos e pagar impostos.
Nós
fabricamos produtos de muita qualidade, que também são reconhecidos em todo o
mundo.
Nós
buscamos qualidade onde ela existe; se for nos Estados Unidos, na Alemanha ou
na Inglaterra, lá nós estamos pesquisando, procurando conhecer o que de melhor
se está desenvolvendo no setor de bebidas, no mundo, e trazemos para cá. Muitas
vezes, é difícil, porque, infelizmente, a renda per capita, a capacidade de compra do nosso povo é muito baixa,
motivo pelo qual não consegue consumir os melhores produtos que se desenvolvem
no mundo. Então, se torna antieconômico para nós, porque não se vai vender.
As
pessoas que trabalham conosco são muito qualificadas. Já há muito tempo não se
admitem pessoas que não tenham o segundo grau; aquelas que não o tem são
incentivadas a completá-lo. Temos muitos operários que têm o terceiro grau,
muitos outros que fazem Escola de Engenharia e outros tipos de cursos de
terceiro grau.
Trinta
e cinco por cento do nosso faturamento provêm de produtos lançados e
desenvolvidos nos últimos dois anos e meio. Isso é muito importante para quem
conhece as inovações que são necessárias dentro de uma empresa. Portanto, 35%
já são produtos lançados muito recentemente.
Eu
queria chamar a atenção para um produto com o qual é muito difícil de se
concorrer no mercado: é o refrigerante de sabor cola. Quem domina o setor de
refrigerantes, no mundo são empresas que fabricam o sabor cola. O nosso
refrigerante sabor cola é desenvolvido no mesmo país de onde vêm os grandes
produtos; os concentrados só foram desenvolvidos lá. Mas nós temos uma coisa
melhor, que é a água. A nossa água provém do aqüífero Guarani. Essa água que
vocês tomaram aqui é uma água puríssima, uma água de que poucos lugares do
mundo dispõem. E a água usada pelos produtos concorrentes desse sabor não
provém do aqüífero Guarani. Então, o
nosso produto é melhor do que o deles.
Nós
temos 10% do mercado gaúcho de refrigerantes. Dez por cento! Queremos chegar a
vinte por cento. Por isso, estamos colocando um centro de distribuição, aqui, em Porto Alegre, que,
inicialmente, empregará vinte pessoas diretamente ligadas a nós, empregos
diretos. Fizemos investimentos, comprando tudo novo; trouxemos 11 caminhões
para cá, 5 automóveis, 2 vans, 24 motos, 25 computadores, 25 palmtops, duas empilhadeiras, com um
investimento de 2 milhões de reais, o qual, em mais um ou dois anos,
ampliar-se-á em mais um milhão de reais. Precisamos contar com o apoio de todos
vocês para que esse empreendimento dê certo.
Este
ano, a Fruki pagará 18 milhões de reais de impostos; - provavelmente, nós não
teremos um lucro de um milhão de reais.
Em
1990, nós vendíamos 2 milhões e meio de litros de refrigerante e tínhamos 77
funcionários trabalhando na Fruki. Este ano, vamos vender 75 milhões de litros
de refrigerante. Nesses 14 anos, nós multiplicamos a venda por 30. Então, eu
acho interessante que os Srs. Vereadores conheçam esses números.
O
nosso trabalho é sério. Se ele está dando resultado é porque nós temos valores
que foram trazidos desde o nosso fundador. Eu gostaria de mencionar rapidamente
os nossos valores. Cada funcionário sabe que se deve conduzir dentro desses
valores, que são a nossa cultura e que representam os nossos princípios: ética
e responsabilidade. Não seria necessário mencionar, infelizmente nem todas as
pessoas são éticas, nem todas as pessoas são responsáveis, mas quem trabalha na
Fruki tem de ser ético e tem de ser responsável, sob todos os aspectos. Na
Fruki não se devem impostos, não se deve nenhum imposto e não se sonega
imposto.
Comprometimento
e trabalho em equipe foram mencionados aqui; realmente, o nosso pessoal é
comprometido e trabalha em equipe.
Desenvolvimento
pessoal e profissional dos recursos humanos é um ponto que também foi
mencionado, nós nos preocupamos muito com isso.
Satisfação
com os clientes e consumidores, o nosso produto é bom e os serviços devem ser
melhores ainda.
Qualidade
de nossos produtos, processo e serviços: mais uma vez, qualidade.
Respeito
à natureza, preservando o meio ambiente. Já há muitos anos, desde 1988, nós
temos estação de tratamento de efluentes, fomos pioneiros na região; hoje,
fazemos compostagem dos resíduos sólidos, e usamos o resultado dessa
compostagem para adubar uma área de terras que nós temos.
Compromisso
com a comunidade, foi mencionado aqui, através da Lei de Incentivos à Cultura e
através de recursos próprios.
Promover
e incentivar o desenvolvimento das comunidades e da região. Lucro é necessário,
mas vocês vejam que na relação lucro e geração de impostos há uma diferença
muito grande.
Parceria
com os fornecedores. Nós respeitamos os nossos fornecedores; temos um fornecedor
que há 80 anos começou a ser nosso fornecedor e continua sendo, é o grande
orgulho que nós temos. Então, são esses os nossos valores.
Eu
agradeço muito por esta homenagem, por esta oportunidade que me deram, Verª
Maristela. Quero convidar a todos - se um dia tiverem a oportunidade, passando
por Lajeado ou querendo ir lá especialmente para isso - para visitar a nossa
empresa, que estará de portas abertas para recebê-los e mostrar que o que
dizemos aqui é verdade. O nosso centro de distribuição começará a funcionar no
dia 12 de julho, aqui em Porto Alegre, na Rua Manoel Elias, 1480. A direção não
vai estar lá sempre, mas em alguns dias por semana estaremos lá. Se quiserem
nos visitar, eu gostaria de estar presente, por isso peço que marquem hora. E,
quem sabe, daqui a um mês ou coisa parecida, quando nós fizermos a inauguração
desse centro de distribuição, possamos contar com vossas presenças.
O que eu deixei para o
fim, porque havia esquecido, é que o que a Fruki está fazendo no Rio Grande do
Sul com o mercado de refrigerantes quase não se encontra no Brasil. Há pessoas
que vêm para o Rio Grande do Sul e aqui encontram um refrigerante que tem 10%
do mercado e que disputa com os grandes não pelo preço, mas pela qualidade. Nós
temos notícia de muitas pessoas de outros Estados que vêm para cá e que levam o
nosso refrigerante daqui para os outros Estados, porque o adoram.
Então,
quando nós chegarmos a 20%, nós vamos ser um Estado diferente dos outros,
completamente; porque não há nenhuma empresa nacional, ou regional, que tenha
uma fatia tão grande do mercado. E isso nós pretendemos atingir dentro dos
próximos anos.
Muito
obrigado pela atenção. Desculpem pelo meu entusiasmo, mas este é o meu negócio,
e eu preciso divulgá-lo. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Mais uma vez, eu quero cumprimentar os
diretores das Bebidas Fruki Ltda., que se instalam na nossa Cidade e abrem as
suas portas no dia 12 de julho. A partir desta Sessão, são muito bem-vindos a
nossa Cidade. Os Vereadores que aqui falaram também falaram em nome de Porto
Alegre.
Em
nome do Sr. Avelinio Paulo Maffei, que eu registro a presença, quero agradecer
a todas as pessoas que nos honram neste momento, e também cumprimentá-lo por
sua filha, esta grande, querida, Vereadora, companheira, Maristela Maffei, que
hoje nos proporcionou belos momentos de afeto e de orgulho - também a sua
cidade, Lajeado - ao Rio Grande do Sul. Eu agradeço pela presença de todos e
dou por encerrado este período.
Conforme
o diretor falou, haverá um momento de degustação, ao término desta Sessão.
Suspendo
os trabalhos por um minuto para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h21min.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes -
15h23min): Estão
reabertos os trabalhos.
Passamos
à
PAUTA ESPECIAL
DISCUSSÃO PRELIMINAR - (até 06
oradores/10 minutos/com aparte)
6.ª SESSÃO
PROC.
N.º 3006/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 018/04, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para 2005 e dá outras providências. Com Emendas n.os 01 a 25.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Na
6ª Sessão, o PLE nº 018/04, Proc. nº 3006/04, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para 2005 e dá outras providências, com Emendas de nºs 01 a 25.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes;
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, hoje, 1º de julho, em Sessão
Extraordinária, se encerra um importante momento desta Legislatura.
Em razão do luto decretado, nós encerramos a discussão, em Pauta, da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Eu tenho dito, com muita freqüência, que é um dos momentos mais importantes das nossas Sessões a discussão, em Pauta, dos Projetos que são apresentados. Hoje nós estamos encerrando a discussão preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Muitas emendas já foram apresentadas. Eu apresentei as primeiras emendas, não vou comentá-las, é claro, mas devo dizer que talvez nós tenhamos esquecido a grande missão do Legislador, que é, mais do que fazer leis, fiscalizar o cumprimento das leis. Mas, para que essa fiscalização seja eficiente, não basta a voz isolada de um Vereador; é necessário que o conjunto dos Vereadores sinta a responsabilidade que tem perante a coletividade que os encaminhou para cá para representá-los e exerça, na plenitude, o dever e o poder de fiscalizar.
Em
1994, eu apresentei, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e depois no Orçamento,
uma Emenda que eu venho apresentando todos os anos. Mas eu sou voz isolada.
Estou tão isolado no meu pronunciamento que eu vejo Vereadores, às vezes,
fazerem Pedido de Providências no mesmo caminho. Nós não somamos os esforços
para exigir que o Executivo Municipal, que tem recursos, sim, cumpra com os
seus deveres.
Então,
em 1994, eu fiz um Projeto de Lei declarando o ano de 1995 como o ano da
denominação dos logradouros públicos. Mais do que isso, coloquei 150 mil reais
de verba orçamentária para colocar as placas denominativas nas esquinas da
nossa Cidade, que o povo reclama permanentemente. E fui ingênuo, muito ingênuo;
mandei um agradecimento a S. Exª o Sr. Prefeito Tarso Fernando Genro, onde eu
dizia (Lê.): “Meu caro Prefeito: Inicialmente, quero expressar meus
agradecimentos por ter sancionado a Lei nº 7.587, cópia anexa, que ‘Estabelece
o ano de 1995 como o ano de identificação dos logradouros e dá outras
providências’, bem como por ter acolhido minha Emenda (cópia também anexa) que
alocou recursos no valor de R$150.000,00, na SMOV, para confecção de placas de
denominação de logradouros. Nesse particular, sugiro que este recurso seja
aplicado na aquisição de placas a
serem colocadas no bairro Petrópolis, pela carência inegável que apresenta, e
que, para as demais regiões da Cidade, o suprimento seja feito por celebração
de convênios, na forma estabelecida em Lei.”
É
que, na oportunidade, eu não sabia quanto custava uma placa, nem teria
obrigação de saber quanto custava. Mas, Srª Presidente, eu acho que a senhora
me deu cinco minutos, e eu tenho dez.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Desculpa, Vereador, o senhor tem mais
cinco minutos.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Obrigado, Srª Presidenta. Eu não sabia
quanto custava a placa, mas há poucos dias, no jornal Zero Hora, os
responsáveis pela denominação dos logradouros na Cidade disseram que custava
seis reais; e que precisavam de 84 mil reais. Vejam que, em 1995, nós tínhamos
no Orçamento 150 mil reais. Poderiam ter colocado, Ver. Wilton - que já vi
várias vezes reclamar a não-colocação das placas – poderiam ter colocado em
toda a Cidade sem ter de apelar para a publicidade. Porque a Lei nº 383, que é
de 1951, diz como deve ser colocado, e a Lei Complementar nº 012, que é de
autoria deste Vereador, que é o Código de Posturas, repete, apenas não diz que
é responsabilidade da Prefeitura, mas não repete o que está na outra Lei,
porque o que lá está não foi tornado sem efeito. Eu dizia que a Prefeitura tem
muito dinheiro, e afirmar que a Prefeitura tem dinheiro apenas por afirmar, não
cabe a este Vereador fazer uma coisa dessas.
Eu
tenho aqui, desde o dia 28 de fevereiro de 2001 até o dia 30 de abril de 2004,
mês a mês, as disponibilidades bancárias da Prefeitura, mesmo quando ela dizia
que não tinha dinheiro; o dinheiro estava aplicado em CDBs.
Mas
também, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, nós precisávamos unir as nossas
forças, porque eu tenho, reiteradamente, apresentado proposta para que haja um
laboratório farmacêutico, e todas as autoridades no assunto dizem que é
importante que haja, para produzir os remédios essenciais à saúde dos municipários
e também dos munícipes; remédios muito baratos, que a Prefeitura não faz, mas
promete. Promete, porque até veio o Sr. André Passos, do Planejamento, que,
através da Liderança do PT, propôs uma alteração na redação da Emenda. Como
quero construir, eu aceito a alteração; mas eles só me fazem promessas e nada
acontece, a não ser a falta de remédios para àquelas pessoas mais necessitadas.
É
uma Cidade em que, na Saúde, circula 1 bilhão e meio de reais anualmente. Saúde
mal gerenciada. Aqui, no anexo da Saúde, ele diz que haverá farmácias
regionais, vai melhorar o laboratório farmacêutico; os laboratórios
farmacêuticos não conhecem nem uma coisa, nem outra. Mas circula em Porto
Alegre um bilhão e meio de reais.
No
ano passado, o SUS encaminhou para cá 427 milhões de reais. Não sei para aonde
foram, porque a execução orçamentária da Prefeitura registrou 250 milhões;
falta me explicar onde estão os outros 177 milhões de reais. A Prefeitura diz
que gastou 18% do seu Orçamento na Saúde, e eu vou dar de barato se houvesse
sido um bilhão e meio, o que dá 270 milhões de reais. Então, 270 milhões de
reais, com os 430 milhões de reais do SUS, já somam 800 milhões. O Grupo
Hospitalar Conceição possui o maior orçamento do Rio Grande do Sul, fora Porto
Alegre. O Hospital de Clínicas possui outro orçamento fabuloso; some-se isso e
nós vamos ver que dá mais de um bilhão e meio de reais circulando na Cidade
para que o porto-alegrense tenha atendimento médico, farmacêutico e também
odontológico. E onde está esse atendimento? Por isso, insisto, nós temos de ter
solidariedade e, independente de Partidos no poder, dever de fiscalizar aquilo
que o Executivo não cumpre. Nós não podemos permitir, porque se é lei, ela tem
de ser cumprida; têm de haver remédios nos ambulatórios, nas farmácias que ele
diz que vai construir, mas nós ficamos discutindo, discutindo, e nada temos
somado. Uma voz sozinha no deserto, por certo, não vai atingir os objetivos de
fazer com que as leis que nós, com tanto cuidado, elaboramos, às vezes, nesta
Casa, e que com tanta despreocupação são desrespeitadas pelo Executivo; e nós
poderíamos citar uma série delas aqui na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que
foram prometidas, que foram aprovadas pelo Prefeito e não foram cumpridas.
Portanto,
encerrando a discussão em Pauta, da Lei de Diretrizes Orçamentárias, eu convoco
os meus pares, todos, sem preocupação de Partidos, vamos exercer, na sua
plenitude, o poder e dever de fiscalizar. Saúde e PAZ!
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Apregôo Emendas à LDO – PLE nº 018/04, de
números 26 a 96, sendo que 42 são Emendas de caráter popular.
O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. Primeiro de julho, recesso parlamentar já
iniciado, e nós estamos aqui reunidos. É bom que se diga, Verª Margarete
Moraes, DD. Presidenta da Casa, que toda vez que nós nos reunimos em
convocações extraordinárias - a repetição é valida neste particular -, isso não
implica nenhum ônus para o Erário Municipal. Isso é bom que fique claro, porque
neste País, infelizmente, criou-se a indústria da convocação extraordinária, e
há uma acusação pairando no ar, segundo a qual, deliberadamente, nas Casas
Legislativas, busca-se trancar o processo legislativo normal e, com isso,
forçar as convocações extraordinárias, com a conseqüência direta do pagamento
de valores, retribuições extraordinárias que essas convocações permitem.
Aqui
não há nada disso, aliás, nós estamos aqui por uma única razão: para cumprir
esta 6ª Sessão de Pauta Especial, que assegura a plena tramitação, meu caro
Jaime Rodrigues, a regimental tramitação da Lei de Diretrizes Orçamentárias,
sem envolver um retardamento que implicaria um estrangulamento da sua análise
por parte da Casa, na medida em que, se a 6º Sessão de Pauta somente fosse
correr na 1ª Sessão do mês de agosto, isso implicaria que nós ficássemos com o
período reduzido até o dia 20 daquele mesmo mês para fazer as análises,
apresentar as emendas, oferecer os pareceres que, certamente, serão oferecidos.
Com essa medida, determinada pela Presidência da Casa, com pleno assentimento
das Lideranças, nós evitamos essa situação e corrigimos uma dificuldade que
surgiu pelo inesperado, com o passamento do Engenheiro Leonel Brizola e a
decretação do luto oficial por 3 dias, que a Casa entendeu corretamente assim
proceder.
Então,
hoje, aqui estamos reunidos, não é porque nós estivéssemos com matéria
retardada, porque, ainda ontem, votamos inúmeras matérias e fizemos um
verdadeiro mutirão, calculo que de 30 ou 40 Projetos tenham sido objeto de
análise e aprovação no dia ontem. A Presidência acena-me confirmando essa minha
afirmação, que não é graciosa, mas, sim, verdadeira. Por isso, ao discutir, no
último dia, esta matéria fundamental, impõem-se que se reafirmem algumas
colocações feitas anteriormente e que agora têm de ser bem acentuadas. Aliás,
eu ouvi o Ver. João Dib, mais uma vez, falando a respeito dos laboratórios para
produção de medicamentos baratos e até com condição de serem dados para
população carente desta Cidade – que é uma luta que ele vem travando há anos -,
por isso eu acho, Vereador, que não vai dar mais para V. Exª ficar só no
discurso; V. Exª vai ter de nos ajudar a mudar esse quadro na Prefeitura e
colocar um Prefeito que atenda aos reclamos desta Casa. E V. Exª tem esse
exemplo, nós teríamos outros tantos a oferecer.
Então,
além da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que é programática, tem de acolher
essas justas reclamações e essas lícitas reivindicações que há na comunidade e
que acabam sendo não atendidas pelo Executivo.
Eu
vejo presentes, aqui no debate, alguns dos meus assessores e lembro da nossa
frustração em termos colocado na Lei de Diretrizes Orçamentárias a
possibilidade de apoio a entidades comunitárias relevantes; de termos
introduzido ao Orçamento uma Emenda, contemplando com 100 mil reais essa
instituição maravilhosa que está instalada na Vila Restinga, nesse movimento,
Ver. Prof. Garcia, nessa sociedade magnífica do Instituto Dunga com a
Associação Cristã de Moços, para a qual nós demos 100 mil reais em uma obra que
consumiu mais de 10 milhões de reais. Isso o fez, porque, no Governo Fernando
Henrique Cardoso, nós não deixávamos de apoiar aquela Instituição. E os 100 mil
reais que o Ver. Wilton Araújo me ajudou a colocar no Orçamento foram vetados
pelo Sr. Prefeito. Vetados!
Então,
eu disse, há poucos dias, debatendo esta matéria, que é necessário que se faça
um grande consenso nesta Casa. Um consenso pelo qual o Legislativo da Cidade,
neste derradeiro ano deste quatriênio legislativo, ofereça uma Lei de
Diretrizes Orçamentárias capaz de representar uma simbiose dos pensamentos
dominantes desta Cidade e não, exclusivamente, àqueles que, hoje, se encontram
instalados no Poder e que, na minha expectativa, não estarão no ano que vem.
Acho
que há vícios na formação desta Lei, que são repetidamente colocados e são
reiteradamente corrigidos aqui nesta Casa, que não mais podem ser repetidos, e
aí se inclui até a tentativa de reduzir, cada vez mais, a expressão desta Casa
dentro do conjunto de responsabilidades com a Cidade, com a destinação de
recursos em percentuais muito aquém daqueles que nos são deferidos pela Lei
Maior deste País, que é a Constituição Federal, que nos permite ir muito além
do que, efetivamente, se tem ido aqui. Tudo isso no conjunto, meu caro Ver.
Elói Guimarães, nos dá a dimensão exata da responsabilidade deste ato que nós
estamos fazendo aqui. Certamente nós poderíamos ter organizado a nossa vida
como alguns colegas nossos organizaram. Há colegas nossos que estiveram aqui no
início dos trabalhos e não mais aqui se encontram, porque estavam com
programação de viagem feita e foram iniciá-las. É um direito legítimo, nós
estamos, em verdade, em pleno recesso parlamentar, e eles tinham-se programado.
Ainda tiveram a condição de vir aqui e nos auxiliar no quórum necessário para
abertura dos trabalhos, o que nos permitiu vir até este momento e cumprir esta
6ª Sessão de Pauta, e, com isso, dar aquela seqüência que eu havia-me referido
nos comentários iniciais desta minha derradeira intervenção, nesta fase
preliminar de discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Junto
com a minha equipe, estamos já diligenciando na repetição de várias emendas que
serão endereçadas à Comissão de Finanças de Orçamento e que vão bater, Ver.
Garcia, vão bater, Ver. João Dib, na mesma tecla que nós temos batido todos os
anos. V. Exª já se acostumou que sempre vem uma tentativa de colocar uma verba,
um recurso para contingência extremamente superior às necessidades, valores
astronômicos; e nós, todos os anos, repetimos. Queira Deus, Ver. João Dib, que
nós possamos estar aqui nesta Casa no ano que vem. E que, no ano que vem, quem
elaborar a Lei de Diretrizes Orçamentárias faça com bom senso, faça com juízo,
faça com cautela e com responsabilidade e não se limite a copiar as Leis
anteriores, que foram sistematicamente repelidas pela maioria da Casa, o que,
mais uma vez, assim acontece, criando para nós uma dificuldade extra, de termos
de trabalhar em cima do óbvio, trabalhar em cima daquilo que já é consenso
nesta Casa.
Todo
o mundo sabe que vamos mudar esta Lei de Diretrizes Orçamentárias em vários
capítulos e todo o mundo sabe que, em pouco adiantaria, mudarmos a Lei, porque,
a continuar esse quadro que domina a Cidade, no ano que vem, voltaria tudo de
novo, com os mesmos equívocos, com os mesmos erros, com as mesmas
impropriedades e, sobretudo, com o mesmo desrespeito a esta Casa. Casa esta que
já disse, várias vezes, da sua posição e que precisa reiterá-la, Ver. Elói
Guimarães, ano após ano, diante da teimosia daqueles que, ao invés de pensar a
Cidade para o futuro, se limitam a repetir, indevidamente, propostas que o
consenso deste Legislativo, de longa data, já afastou, já indeferiu e já decidiu
contrariamente.
Por
isso, Vereador, cumprimos com a nossa tarefa. Estamos aqui, no recesso, falando
e discutindo a LDO, mas, sobretudo, alertando da responsabilidade desta Casa
de, coerentemente, manter posições anteriores e corrigir, mais uma vez, essa malfadada
proposta de Diretrizes Orçamentárias, viciada, eivada de erros e de várias
impropriedades.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, não costumo fazer o que vou fazer hoje, mas uma
coisa que aprendi na minha vida é que existem limites.
Faz
três semanas que este Vereador, que faz parte da Frente Popular, tem procurado
entrar em contato com a Secretária de Educação do Município, Profª Fátima
Baierle, a quem vou chamar, a partir de hoje, de prepotente.
Conversei
inúmeras vezes com a Verª Sofia, colocando que a Profª Fátima não atendia, o
que é o pior, pois poderia dizer sim ou não a respeito de uma cedência.
Qual
é a maior dificuldade de uma cedência de um professor? É quem vai ocupar o seu
lugar. Fizemos isso. Uma professora, que está na Câmara hoje, cedida, iria
ocupar o espaço desse professor e esse professor viria para a Câmara. Dizem que
não pode.
Então,
nós queremos e estamos solicitando, Srª Presidenta, uma sindicância na
Secretaria Municipal de Educação para ver que esse professor, que ministra
Filosofia, substituiu uma professora de atividades curriculares - currículo por
atividade -, e a professora que está indo, ou que estaria indo para o seu
lugar, também é de currículo por atividade. Nós queremos saber onde está o
erro. Eu volto a dizer: se estivermos errados, vamos ocupar esta tribuna para
pedir desculpas; agora, se estivermos certos, vamos enfatizar cada vez mais que
eu acredito que essa professora não está preparada para assumir uma função de
Secretária de Educação do Município, porque uma coisa que eu aprendi na minha
vida é saber ouvir o sim e saber ouvir o não, e aceito tranqüilamente isso.
Posso até discordar; mas, quando se tenta falar inúmeras vezes, quando a
própria ex-Secretária que hoje é Vereadora também não consegue, ou esta
Secretária atual transcende tudo ou o Prefeito não sabe o que está acontecendo,
mas isso nós vamos querer saber. Volto a dizer: não costumo fazer esse tipo de
denúncia; é a primeira vez, em oito anos, que eu ocupo esta tribuna para fazer
isso. Mas eu quero, sim, a sindicância. E volto a dizer: se eu estiver errado,
vou ocupar esta tribuna e pedir desculpas à Secretária. Se ela estiver errada,
vamos tomar as providências administrativas cabíveis para o caso, porque nós
não podemos admitir esses atos que ocorreram. Nem uma e nem duas vezes, foram
mais de vinte vezes que nós tentamos falar com essa Secretária, para a qual eu
vou usar a palavra prepotente.
Vou
mudar o enfoque da minha fala também para um desagravo. Ontem, foi aprovado um
Projeto, na Assembléia Legislativa, de autoria do Dep. Sanchotene Felice, que
estabelece que as aulas de Educação Física no Estado do Rio Grande do Sul
dever-se-ão realizar antes das 10h e depois das 16h ou, na vigência do horário
de verão, antes das 11h e depois das 17h. Eu vou ocupar, e muito, esta tribuna,
porque nós queremos fazer essa discussão. Primeiro, é um Projeto que não foi
discutido com a sociedade. Mas sei, e nós vamos interceder, que o Governador
vai vetar. E temos a certeza de que os Deputados que votaram a favor, também,
quando receberem os esclarecimentos, vão repensar o seu voto. Muito obrigado,
Srª Presidenta. Quero pedir desculpas aos Vereadores, porque não é a maneira
que normalmente eu ocupo esta tribuna, mas eu tinha de fazer esse voto de
desagravo em função da atitude da Secretária Municipal de Educação.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, quero aproveitar este momento para falar dos
problemas da nossa Cidade, comentar, aqui, a questão dos camelôs e, num segundo
momento, a questão das cooperativas habitacionais.
Quero
dizer que o problema social do desemprego, da sonegação de impostos, do
contrabando, é uma das várias causas que se vêm relacionar com o nosso Centro
de Porto Alegre.
Eu
me lembro de que, recentemente, o Ver. Adeli parecia que estava em lua-de-mel
com os comerciantes do Centro da Cidade. Ele ia resolver todos os problemas do
Centro da Cidade, e nós até o estávamos apoiando. Mas, agora, o Sindiloja e os
comerciários vão até o Prefeito dizer que o Centro está um caos. Ora, o Centro
está um caos há muito tempo, só eles não viam que o Centro da Cidade estava um
caos. A tal de revitalização não aparecia. Há anos se fala na tal revitalização
do Centro da Capital.
Ora,
temos de enfrentar a realidade: tirar os camelôs de uma esquina para empurrar
para outra, ou tirar do Centro para a Azenha ou para a Av. Assis Brasil e assim
sucessivamente, não está adiantando. Acho que qualquer tipo de Governo que
assumir em Porto Alegre terá de assumir a realidade de que os camelôs existem,
é um problema de desemprego, é um problema social, mas tem de definir onde
ficarão. E, lá naquele local, terá de haver fiscalização da SMIC, com
mercadorias legalizadas, dando todas as condições, padronizando, porque o
Centro realmente é um caos: uns camelôs com locais maiores que os outros, não
há uma padronização. Então, aquele Governo que assumir em Porto Alegre, seja
ele quem for, tem de assumir realmente, Ver. Sebenelo, essa responsabilidade.
Quem conhece outros grandes centros do País, como nós conhecemos, sabe que o
Centro de Porto Alegre, em relação ao de outras capitais, é pequeno. O que nós
temos de fazer? Definir onde ficarão os camelôs: numa rua x, y, tipo um
camelódromo, e ali dar-se-ão as condições de fiscalização, porque não adianta
tirar de uma esquina e colocar em outra. Tem de saber quem é quem, tem de saber
de onde vem a mercadoria, tem de saber quem está trabalhando. E por que não
definir áreas no Centro para um número x de camelôs, fiscalizados pela SMIC?
Definir x oportunidades na Assis Brasil, x oportunidades na Azenha, e lá, num
determinado local, definir quem pode e quem não pode. É a única forma; senão,
fica um jogo de empurra: tira da Azenha, manda para o Centro; de esquina para
esquina. Tem de assumir essa realidade. Um camelódromo ou uma rua, como tem,
por exemplo, o Brás, em São Paulo, onde todo mundo vai comprar. É um reduto,
uma comunidade, um bairro, e sabe-se que lá há determinadas mercadorias. Não
adianta, não vão conseguir tirá-los do Centro. São milhares de camelôs. Tem é
de padronizar, organizar, cobrar, fiscalizar, para não ter essa diferença com o
comerciante legalizado.
Outro
aspecto que eu quero salientar aqui, e que me preocupa como Presidente da
Comissão de Direitos Humanos e Direito do Consumidor, é a questão das
cooperativas habitacionais. Já têm duas audiências, para agosto, Ver. Wilton,
de cooperativas que estão vendendo terrenos e casas, e as pessoas não estão
recebendo as escrituras. E mais: existem ligações de água em nome de uma
pessoa, que todas usam, e que estão devendo – a última cooperativa que esteve
aqui devia quase 200 mil reais para a Prefeitura. Então, há uma indústria de
cooperativas habitacionais, uma mistura de invasões com cooperativas habitacionais
não-legalizadas pela Prefeitura. E eu me atrevo a dizer o seguinte, Ver.
Wilton: se der a coincidência – e eu já estou prevendo que vai acontecer – de
essas cooperativas que virão em agosto serem as mesmas anteriores, eu já
conheço essas pessoas, e já conheço os engenheiros. Inclusive, havia gente que
trabalhava em gabinete de Vereador nesta Casa. E, se isso acontecer, eu vou
dizer, aqui nesta tribuna, o nome dessas pessoas, porque isso está se
proliferando pela Cidade, enganando o contribuinte, enganando o cidadão, e com
certa conivência. Então, não é coincidência, está-se tornando uma realidade as
cooperativas habitacionais enganar a população de Porto Alegre em vários
aspectos. Obrigado, Presidenta.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
para discutir a Pauta Especial.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, nós temos feito algumas observações e reflexões
em torno das disposições da LDO, que são amplas, diria até programáticas, mas
toda e qualquer ação no campo do Orçamento público tem de estar anotada na LDO
– Lei de Diretrizes Orçamentárias. Tenho debatido – e já falei há algum tempo
nesta Casa, não é de hoje -, na questão da Saúde, um problema gravíssimo
envolvendo questões as mais diferentes, alguns discursos examinando a
necessidade geográfica e estratégica de a Zona Sul ter um pronto-socorro de
atendimento, dada a natureza de um equipamento com esta configuração e esta
necessidade. Quando aqui se homenageou o Hospital Parque Belém, fui convidado
pelo seu diretor a fazer uma visita à referida instituição hospitalar. Dizia-me
o diretor-presidente que o Hospital Parque Belém já possui uma enfermaria e
recursos que poderiam, sim, bancar as
finalidades propostas de uma instituição desta ordem na Zona Sul. Portanto, eu
volto ao assunto, até porque ele é muito oportuno, em um momento político
brasileiro e local, pela crise que a Saúde vem tendo. É uma questão que tem a
ver com a geografia. Dos equipamentos de que dispomos, aqui, em Porto Alegre,
nós temos o símbolo maior, que é o Hospital de Pronto Socorro, o nosso
pronto-socorro tradicional. Lá, na Zona Norte, temos, eu diria, um
pronto-socorro limitado a determinados atendimentos, que é o do Hospital Cristo
Redentor, mas a Zona Sul carece, até porque a natureza dessa instituição, de um
hospital que não pode ficar tão longe quanto o nosso Pronto Socorro. Então,
vamos insistir e continuar insistindo, chamando a atenção para a importância
vital, porque o tempo e a distância para o atendimento são vitais à existência, à vida. Então, se faz imprescindível que se
trabalhe com essa idéia, quando vai sair. Que bom se saísse “ontem”, não
importa. Eu dizia, na outra vez, quando examinava a matéria, que falaria
permanentemente sobre ela e vou continuar falando permanentemente sobre ela,
chamando a atenção no sentido de se instituir na área um hospital de
pronto-socorro na Zona Sul.
E
passo a entender, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, e todos
entendemos o esgotamento do Poder Público, o esgotamento do nosso Estado,
diríamos assim. O nosso Poder está esgotado, sem capacidade de desembolso, e,
quando falo no Estado, falo na União, Estados e Municípios. Então, nós temos de
encontrar um mecanismo que se denomina parceria; fazer o Poder Público, o
Estado, parcerias com a iniciativa privada, preferencialmente a iniciativa
filantrópica, que tem, por assim dizer, um know-how
já instalado, porque, muitas vezes, a visão de se instituir um serviço, de
se criar e fazer obras para determinadas finalidades tem demonstrado
dificuldades, faltam recursos, custos elevados. O Estado se tornou muito caro,
e, muitas vezes, na área da iniciativa privada, através de convênios e
parcerias, com menos custo - está provado e comprovado -, nós podemos atingir a
finalidade. Não sou aquele que defende o Estado mínimo, não, eu acho que nós
precisamos de um Estado que não seja um “estado-elefante”, mas também que não
seja um “estado-camundongo”, que não tenha força para regular as relações político-sociais
da sociedade.
Então,
buscarmos parcerias com a iniciativa privada, com os órgãos que têm grande
tradição, estão aí os órgãos filantrópicos, é uma visão sobre o processo de
atendimento às necessidades da população. Estou falando no campo da saúde, mas
poderíamos falar em diferentes campos em que o Estado está esgotado, limitado,
muitas vezes engessado e não consegue responder à concepção do bem comum, que
é, em última análise, a razão de ser do Estado, porque, para a população, é bom
que se coloque: o que o povo quer? Quer o serviço, quer o atendimento. Olha,
vamos colocar aqui: não importa de onde vem, se vem da área pública, se vem da
área privada, é secundário! O povo quer, exatamente, ter o serviço, ter a obra,
enfim, etc. e tal. Então, na minha opinião, se faz necessário nós passarmos a
olhar para a possibilidade de um novo modelo, onde passaríamos a trabalhar com
um Estado - não é este o termo, mas seria misto -, a instituição pública
vinculada às iniciativas já existentes que estão na área de saúde, educacional,
etc. e tal. Então, é uma forma para nós sairmos, por assim dizer, desta
letargia, desta falta de capacidade de produzir o bem comum, de fazer o bem
comum.
Então,
fica aqui, Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Vereadores, esta reflexão,
objetivamente, na necessidade de um Hospital de Pronto Socorro na Zona Sul.
Vamos bater nessa idéia, já falamos sobre o assunto, e também devemos buscar,
exatamente, convênios, parcerias em diferentes campos, porque se vai gastar
menos e vai-se ter mais benefícios, e, em última análise, estaríamos buscando o
princípio da solidariedade. Obrigado, Srª Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver. Elói Guimarães.
O SR. WILTON ARAÚJO (Questão de Ordem): Srª Presidenta, eu gostaria de lembrar à
Mesa que os tempos Comunicação de Líder têm precedência sobre os demais tempos.
Obrigado.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. WILTON ARAÚJO: Exma Srª Presidenta, Verª
Margarete Moraes, Exmas Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, aqueles que nos acompanham aqui na assistência e aqueles que nos
acompanham, também, pelo canal 16, a Bancada do PPS, hoje, assume a tribuna
para trazer, primeiro, dois comentários e, por fim, uma reivindicação ao Poder
Executivo.
Primeiramente,
eu quero dar boas-vindas ao Ver. Professor Garcia, à cidade de Porto Alegre e à
Câmara Municipal real. Esta é a Câmara Municipal que a maioria dos Vereadores
de Porto Alegre conhece, ou seja, aquela em que as suas solicitações são
postergadas, não são atendidas, os seus Projetos são vetados, enfim, esta não é
a “Cidade Viva” que ele vivia até há pouco tempo; esta é a Porto Alegre real.
Seja bem-vindo, Ver. Professor Garcia, a esta Câmara, a esta Cidade, onde todos
nós vivemos há muito tempo.
O
segundo comentário que eu gostaria de fazer é sobre o pronunciamento do Ver.
João Antonio Dib a respeito das placas denominativas de ruas. Nós já viemos,
neste um ano e meio, umas quatro, cinco, seis vezes à tribuna, para dizer que
esta Cidade está um caos. Não há placa denominativa nas ruas, e, para isso, não
se precisa ter dinheiro, mas, sim, simplesmente, se ter vontade administrativa
e um pouquinho de competência. Só isso.
E,
neste momento, eu entro no assunto que nos traz à tribuna: uma Lei desta Casa -
que foi sancionada, publicada em 31 de maio, cujo número é 9.475, e é de nossa
autoria - prevê que as redes de fast-food
publiquem, nas suas embalagens, todo o conteúdo de regramento nacional no que
diz respeito às calorias, às proteínas, ou seja, tudo aquilo que a pessoa está
comendo quando está numa rede dessas. E por que nessas redes? Porque,
normalmente, são produtos hipercalóricos, e as pessoas, tendo conhecimento
sobre eles, certamente vão optar por aqueles menos calóricos.
Há
um tempo, o Ministério Público Federal entrou com uma ação, no Estado de Minas
Gerais, – se não me falha a memória -, contra uma rede específica, a rede
McDonald’s, tentando fazer com que ela seja obrigada a publicar esses mesmos
conteúdos calóricos que hoje a nossa Lei já prevê que sejam publicados, os
valores protéicos e calóricos de todos os produtos. Pois a ação do Ministério
Público Federal teve êxito e saiu notícia, há poucos dias, de que a rede
McDonald’s, especificamente, está obrigada a publicar, senão terá de pagar a
importância de 500 reais por lanche que não tenha publicado esse valor calórico
dos alimentos.
Vejam
bem, então, Srs. Vereadores, a sabedoria que esta Casa teve ao aprovar esta
Lei. E, mais ainda, juntando esta a uma notícia de que Porto Alegre está em
segundo lugar no que se refere à obesidade no País, entre as capitais. Segunda
colocada em obesidade no País, entre as capitais.
Mais
motivos existem para que esta Lei entre logo em vigência. E aí a solicitação,
por fim, que gostaria de fazer ao Executivo Municipal. Essa Lei, sancionada em
fim de maio, está para regulamentação. Fizemos contatos com a Secretaria do
Governo, com a Secretaria de Indústria e Comércio, tentando saber quem iria
regulamentar e fiscalizar o cumprimento da Lei; fizemos visitas ao Conselho
Regional de Nutrição, ao Sindicato dos Nutricionistas – estão ansiosos para
poderem ver esta Lei sendo cumprida. Fica aqui, portanto, então, o apelo deste
Vereador para que a regulamentação seja procedida rapidamente, e, com isso... E
a sentença que nós falávamos tem validade nacional; nacional.
A SRA. PRESIDENTE (Margarete Moraes): Para concluir, Vereador.
O SR. WILTON ARAÚJO: Concluindo, Srª Presidenta, queria deixar
este apelo para que o Executivo seja sensível, como já o foi na sanção da Lei,
seja sensível e apresse a regulamentação da Lei nº 9.475. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Srª Presidenta da Casa, Verª Margarete
Moraes, demais Vereadores e Vereadoras, no início do ano, o Sr. Prefeito João
Verle assumiu o compromisso, depois de enviar para esta Casa, no ano passado,
uma mensagem solicitando autorização da Casa para realização de um empréstimo
na Caixa Econômica Federal, num valor, se não me engano, por volta de 120
milhões de dólares, de realizar aplicação de recursos em três ou quatro grandes
obras no DEP, a saber: nas obras da Rua Álvaro Chaves, Av. Göethe, nas obras do
bairro São Geraldo, nas obras do bairro Navegantes e nas obras da Av. Teixeira
Mendes, bairros Chácara das Pedras e Três Figueiras.
Terça-feira,
eu li um boletim muito bonito, caríssimo, todo colorido, com papel gessado,
anunciando que, em maio, se faria a concorrência, e que, até o dia 30 de junho,
estariam começando as obras, solucionando os alagamentos em três ou quatro
grandes locais de Porto Alegre.
Hoje
é dia 1º de julho de 2004. O Sr. Prefeito, na oportunidade, dizia que era uma
questão de honra. Não há notícia a respeito da concorrência, não há notícia a
respeito do início das obras, e muito menos notícias da forma que se irá
adotar, da estratégia, da técnica e das condições das obras para a Rua Álvaro
Chaves - que não é propriamente a obra local, mas, sim, atinge três ou quatro
bairros e soluciona, inclusive, à distância, o problema de alagamento da Av.
Göethe. A questão dos alagamentos parece que tem “caveira de burro enterrada”.
Nós não sabemos mais, estamos perdidos nas questões propostas pela Prefeitura
através do Departamento Municipal de Esgotos Pluviais, o DEP, quanto à solução
que será dada àqueles rios caudalosos que se formam com as chuvas e que tanto
perigo trazem às comunidades.
A solução parece estar
muito longe, a comunidade não aceita a meia-sola proposta de bacias de
contenção feitas em praças que teriam sua área perdida, perderiam o lazer e a
atividade, pois seriam transformados em bacias de contenção, que não resolvem o
problema. Como se diz em Medicina, ao invés de tratar dos tumores, estamos
dando alguma coisa paliativa, tratando apenas da manifestação à distância, da
metástase; do tumor, nem pensar. Portanto, nós precisamos de uma mudança
generalizada nos encanamentos daquela região, que datam de mais de 50 anos,
pois estão esclerosados, incapacitados de prover a drenagem dessas águas, que,
pelo seu diâmetro - seja por serem originariamente mal calculados ou calculados
apenas para as condições de chuva daquela época, seja pela ação do tempo no seu
interior, pela sedimentação da areia e do pó -, nós temos hoje uma incapacidade
completa de drenagem dessas águas que formam verdadeiros rios caudalosos,
especialmente no grande eixo das Três Figueiras, Chácara das Pedras, que é a
avenida que as separa, chamada Av. Teixeira Mendes. Ali, nós temos tido
histórias de tragédias.
Pedimos,
mais uma vez, à Prefeitura, uma manifestação pública a esse respeito no sentido
de esclarecer à população que, com tanta euforia, teve a notícia das
concorrências, da abertura dos envelopes. E até hoje, nada!
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. Sebenelo. O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Ver. Ervino Besson, que, neste
momento, preside os trabalhos desta Sessão, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
como o nosso amado Brasil é maltratado pelo Congresso Nacional! A Constituição
brasileira, chamada “Constituição Cidadã”, poderia imaginar que, no mínimo,
aqueles que a escreveram - alguns ainda estão lá no Congresso Nacional - fossem
realmente cidadãos. Há 15 anos, os cidadãos que estão lá no Congresso deveriam
regulamentar quantos serão os Vereadores neste País e quais os critérios a
serem utilizados para a fixação do número de Vereadores nos diferentes
Municípios do País.
Nós,
lamentavelmente, não vimos os nossos pró-homens, que decidem as nossas vidas,
que mexem nos nossos bolsos, ou que, pelo menos, deixam mexer nos nossos
bolsos, decidirem quantos seriam os Vereadores em cada cidade e quais os
critérios. Aí vem o Tribunal Superior Eleitoral e diz que números são esses:
“Vamos reduzir, em todo o Brasil, 8.500 Vereadores”. Eu acho que se poderia
reduzir muito mais; eu não tenho nenhuma dúvida de que se poderia reduzir muito
mais, mas o Tribunal fez o seu pedaço. Eu assisti, no Congresso Nacional, no
Senado, mais precisamente, todo o debate em torno do problema; Senadores do
alto da imponência dos seus cargos - já que o Senado tem o pior brasileiro
vivo, que se chama José Sarney, que o preside, não há brasileiro pior do que
este -, dizerem do alto dos seus pedestais que o Tribunal Superior Eleitoral
havia regulamentado o número de Vereadores, mas não o gasto das Câmaras. Eu
acho que isso era o suficiente para dizer que esse não serve mais para Senador,
tem de ir embora, porque é analfabeto mesmo! O Tribunal Superior Eleitoral só
podia falar em número de Vereadores, agora, gastos das Câmaras é coisa de
Orçamento, e Orçamento é com o Legislativo e não com o Judiciário. Mas as
coisas foram acontecendo, e, agora, o nosso amado País não sabe quantos são os
Vereadores nas diferentes cidades, porque os nossos representantes, lá, têm
outras coisas para fazer, porque ao invés, ao contrário, eles deveriam ter
analisado bem, procurado orientar os Municípios pelas decisões do Tribunal
Eleitoral, ou até Parlamentar com o Tribunal Eleitoral, mas não! Eles não
fizeram nada! E a que ponto nós chegamos? A imprensa, que sempre nos informa
bem, não sabe se Porto Alegre, na forma prevista, vai ter 36 ou 35 Vereadores.
Não sabe! Porque os nossos Deputados têm de viajar por aí afora, tem de até ir
de vez em quando lá no Congresso para bater o ponto; os nossos Senadores a
mesma coisa. A imprensa em um jornal diz 35, no outro, diz 36, no outro dia trocam
nos jornais, porque não há uma informação segura. Agora, eu quero deixar claro
que eu sou contrário ao aumento de mais de 33 Vereadores, já que eu não posso
reduzir para 21; eu sou contra o aumento. E, também, quero deixar claro que não
é uma aplicação pura e simples, porque o Tribunal Superior Eleitoral decidiu;
no art. 50 da Lei Orgânica diz (Lê): “O Poder Legislativo é exercido pela
Câmara Municipal, composta de Vereadores representantes do povo, eleitos no
Município, em pleito direto, pelo sistema proporcional. § 1º - O número de
Vereadores será estabelecido em Lei Complementar, observando-se os seguintes
limites: I – mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um, até cinco
milhões de habitantes.” Essa é a regra: o mínimo de 33. Para que se mude esse
número há necessidade de uma Lei Complementar. Eu espero que não haja ninguém
desejando que sejam 36 os Vereadores de Porto Alegre, ou 35, até porque nós não
temos lugar para acomodar os 33 que aí estão com as diferentes Bancadas: 11
Vereadores constituem oito Bancadas; 22 Vereadores constituem apenas quatro
Bancadas. Eu acho que nós precisávamos regulamentar algumas coisas mais. Saúde
e PAZ!
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. João Antonio Dib.
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
(A
Verª Margarete Moraes reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
colegas Vereadores e Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham no plenário
e pela nossa TVCâmara, venho à tribuna para debater com os colegas o Projeto
importante do Executivo que se refere à Lei de Diretrizes Orçamentárias para
2005, ou seja, a Lei que vai dar os parâmetros - não os detalhes do Orçamento,
mas os parâmetros - para que nós possamos, no segundo semestre, elaborar o
Orçamento da Prefeitura para o ano de 2005, qualquer que seja o Prefeito que
venha a governar a nossa Cidade.
Então,
de alguns assuntos já trazidos à tribuna, quero comentar um muito importante,
que foi trazido pelo Ver. Elói Guimarães, referente à questão da Saúde e à
necessidade – aliás, acho que há unanimidade, inclusive – de que Porto Alegre
tenha um hospital de pronto socorro na Região Sul da Cidade. A Prefeitura tem
feito esforços nessa direção, basta lembrar convênio assinado com o próprio
Hospital Vila Nova, que tem uma estrutura não do tamanho que nós gostaríamos e
que seria necessário, mas que tem se preparado, exatamente, nessa direção. Com
o Hospital Parque Belém, temos convênio de estrutura de pronto atendimento, e
com o Hospital Vila Nova um outro tipo de atendimento, principalmente de
pessoas com vírus HIV.
Mas
uma grande notícia é que, amanhã, no dia 2 de julho, Ver. João Antonio Dib, a
Prefeitura assina um convênio com a Associação Moinhos de Vento para a
instalação de um complexo de saúde na Restinga. Esta é uma notícia muitíssimo
importante e vem ao encontro daquilo que o Ver. Elói Guimarães estava dizendo
no sentido de que, de certa maneira, não importa se o atendimento será feito
diretamente pelo Poder Público Municipal ou por um serviço particular, mas o
importante aqui é que quem está criando essas condições, quem toma a iniciativa
para esse atendimento e a construção desse hospital lá na Restinga é a
Prefeitura, que contou com a boa vontade e com o interesse desse grupo
hospitalar importante da nossa Capital, respeitado pela sua qualidade, que é o
Grupo Moinhos de Vento.
É
uma obra grande, que deverá começar, agora, já em outubro de 2004, e será
finalizada em 2009; vejam bem, portanto, são 5 anos de obra, mas, antes disso,
em 2005, o Hospital já estará fazendo atendimento na área de maternidade.
Portanto, é uma notícia importantíssima para a nossa Cidade essa iniciativa da
nossa Prefeitura.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Guilherme Barbosa, eu tenho a convicção de que o Executivo
deve ter examinado a Lei Orgânica do Município, art. 115, que diz (Lê.): “É
vedado iniciar a execução de obra pública nos últimos 180 dias do mandato do
Prefeito, salvo se existirem recursos financeiros a ela destinados.”
O SR. GUILHERME BARBOSA: Se V. Exª me escutou atentamente, deve
ter percebido que eu falei que essa obra é do Hospital Moinhos de Vento; a
Prefeitura tomou a iniciativa de um convênio, mas quem vai construir o Hospital
é o Grupo, através da sua Associação Moinhos de Vento.
O Sr. João Antonio Dib: Então, a Prefeitura não participa
financeiramente?
O SR. GUILHERME BARBOSA: Não, a Prefeitura vai estabelecer os
critérios de atendimento, os critérios do convênio; evidentemente, fiscalizar o
atendimento, a maior parte pelo SUS; esse é um critério que está estabelecido
no convênio. Portanto, a Zona Sul da Cidade, principalmente a Restinga e região
recebem uma grande notícia nessa área da saúde.
Eu
quero também abordar no Projeto da LDO, dois itens que estão aqui elencados,
Ver. Ervino Besson, no que se refere a intervenções urbanas; diz que a
Prefeitura vai trabalhar para melhorar o sistema de iluminação pública da nossa
Cidade. Eu me sinto orgulhoso de ter podido participar e de ter encaminhado
este Projeto que já tem aprovação, inclusive, para o seu financiamento; esta
Casa aprovou, inclusive, o pedido de financiamento de 18 milhões de reais, que
já tem projeto aprovado pelo BNDES, que será o agente financiador, mas que está
na fila do Banco Central, em face do contingenciamento dos recursos do Governo
Federal.
Então,
com este Projeto, pretende-se trocar das nossas 74 mil lâmpadas que, hoje, já
temos na nossa Cidade, na iluminação pública - sejam essas lâmpadas na vias, ou
seja, nas praças e parques -, das 74 mil lâmpadas, nós iremos trocar 60 mil
pontos. E aí não se trocará só a lâmpada, trocar-se-á também a luminária e o
braço do ponto de luz, a célula fotoelétrica, enfim, todos os equipamentos que
compõem um ponto de luz da nossa Cidade. E qual é a intenção dessa troca? Vão
ser trocados por equipamentos mais eficientes, como nós costumamos dizer. Com
isso, nós vamos economizar – isso é que é interessante que a população perceba,
assim como os colegas Vereadores - cerca de 40% na energia gasta. Portanto, na
nossa conta com a CEEE, nós vamos ter esse abatimento de cerca de 40%. Mas, ao
mesmo tempo - vejam que coisa interessante -, com esses equipamentos mais
eficientes, pela sua forma, pelos seus materiais, nós vamos deixar a Cidade
cerca de 35% mais iluminada, significando, como nós sabemos, mais conforto,
segurança, possibilidades de lazer e de trabalho durante a noite. Portanto, é
um projeto importantíssimo para Cidade, e, como eu já disse, o projeto já tem
financiamento aprovado pelo BNDES, mas está na fila do Banco Central esperando
um descontigenciamento para que se comece a trabalhar nessa eficientização da
iluminação pública, como nós costumamos dizer.
Mais
adiante, nós temos um outro item da modernização administrativa da Prefeitura
e, aqui, também, no âmbito da SMOV, da SPM, do DMAE, da SMAM, do DEP, da EPTC,
que é a possibilidade da aprovação de projetos arquitetônicos através do meio
eletrônico, Ver. Ervino Besson. Isso já está em implementação na SMOV, em etapa
de piloto, de tal forma que o profissional, o Engenheiro ou o Arquiteto, vai
poder mandar do seu escritório, da sua casa, através de um simples e-mail para a SMOV, para que os nossos
técnicos naquela Secretaria analisem o projeto na tela do computador, façam
indicações - não pode modificar o projeto, mas fazem indicações da necessidade
de modificação e, imediatamente, retorna para o escritório do profissional. Nós
já fizemos piloto inicialmente com as moradias – o que a gente chama de
economia unifamiliar, e aquilo com que se gastava 30 dias, um mês, já se está
gastando de 7 a 10 dias; portanto, no mínimo, 1/3 de redução no tempo da
aprovação dos projetos e dando um salto tecnológico fantástico. Então, isto já
está em implementação, e é um dado também importante para a nossa Cidade.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Guilherme Barbosa, duas observações: a primeira delas, a
respeito do futuro HPS lá no Parque Belém. Há estrutura para isso, acho que a
comunidade vai sair gratificada com isso, porque há necessidade, hoje, em Porto
Alegre. Em segundo lugar, também quero saudar a V. Exª, porque cidade mais
iluminada é mais segurança para o nosso povo. Obrigado, Vereador, pelo aparte.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Obrigado pelo aparte de V. Exª e, de
fato, a iluminação noturna, evidentemente, permite que a gente trabalhe à noite
- muita gente trabalha, como nós sabemos; permite o lazer, que todos precisamos
e, também, isso ativa a economia e, ao mesmo tempo, como disse V. Exª, é uma
segurança para todo o mundo que transita nas nossas vias; ao mesmo tempo a
Cidade gasta menos, a Cidade fica mais iluminada, ficando, portanto, mais
bonita. Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Vereadora Margarete
Moraes, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que
nos acompanham nas galerias e também na TV Câmara, eu queria saudar a todos.
Primeiramente,
minha cara Presidenta, quero fazer o registro de que ficou bem para a Câmara
Municipal de Porto Alegre, para a Casa, o evento realizado na SPAAN, na última
terça-feira, aprovado pela unanimidade dos Vereadores, que homenageou o Dia do
Panificador.
Por
um pedido do Sindicato da Indústria de Panificação do Estado do Rio Grande do
Sul, neste ano, a Sessão Solene foi feita na SPAAN.
O
Sindicato proporcionou um belo coquetel para os velhinhos, transformando em um
dia extremamente gratificante para os nossos queridos velhinhos da SPAAN.
Quero
destacar, aqui, o trabalho dos funcionários desta Casa - TVCâmara, Cerimonial,
fotógrafos - que deram uma grande colaboração.
Quero
agradecer ao Ver. Sebastião Melo que, gentilmente, se prontificou em presidir a
Sessão Solene.
Estiveram
presentes na solenidade o Sr. Reinaldo Cozer, representante do Sindicato do
Trigo, e a Srª Elisabete dos Santos Freitas, Diretora Social da Cootravipa, que
ficou sensibilizada com o problema dos nossos velhinhos da SPAAN.
No
evento, o Sindicato da Indústria de Panificação, presidido pelo Sr. Arildo
Benech Oliveira, e sua diretoria, todos ficaram sensibilizados, depois de
ouvirem o Presidente da SPAAN, Sr. Gildásio Alves de Oliveira, colocando que a
SPAAN atende a quase 200 velhinhos. Cada um tem um custo de 600 reais, e, na
sua maioria, têm uma aposentadoria de 200 reais; então, a SPAAN precisa de 400
reais em doações. Prometeram que não faltará mais pão e farinha de trigo para
os nossos velhinhos da SPAAN. Também o Moinho Taquariense doou uma tonelada de
farinha de trigo, como fez no ano passado, quando houve essa Sessão Solene. Foi
um ato muito digno dessas pessoas.
O
Ernesto Teixeira, Presidente da CEASA, também se comprometeu - a CEASA já ajuda
-, a reforçar essa ajuda à SPAAN. No fim do ano, o Programa Tá no Prato fará uma homenagem aos
nossos velhinhos da SPAAN.
Portanto,
a Câmara Municipal se fez presente nesta homenagem e ficou bem para a Casa
colocar a sua estrutura numa entidade como a SPAAN - que presta esse relevante
trabalho social -, para homenageá-la.
Fica,
aqui, em nome da Bancada do meu Partido, o Partido Democrático Trabalhista, dos
Vereadores desta Casa, o nosso reconhecimento à SPAAN – a gente sabe que há
outras entidades em Porto Alegre -, mas os nossos velhinhos necessitam da ajuda
e da assistência da população. Os nossos velhinhos são pessoas que deram, ao
longo de suas vidas, muito trabalho para o crescimento da nossa Cidade, da
nossa Porto Alegre.
Portanto,
ao Presidente do Sindicato, Sr. Arildo, mais uma vez, quero agradecer a V. Sª,
juntamente com a Diretoria do Sindicato da Indústria de Panificação por essa
grande colaboração, por esse ato digno que o Sindicato proporcionou na última
terça-feira, indo à SPAAN e oferecendo aquele belíssimo coquetel aos nossos
velhinhos. Obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Haroldo de Souza está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª Presidenta, como está bonita a Casa,
hein?! Quero saudar o Ver. Ervino Besson e a Verª Maria Celeste, saudar os
assessores, as nossas amigas taquígrafas. Eu pergunto à nossa Presidenta: onde
estão os demais 29 Vereadores? Vai aumentar o número. Se estivéssemos já com 35
- que é a previsão -, teríamos 31; teríamos, na média, mais dois.
Mas
vamos lá. O céu e o inferno. Primeiro, o inferno. O inferno é a Cidade em que
vivemos, de inundações e camelôs, que vendem produtos pelas ruas da Cidade como
forma de sustentar suas famílias diante da brutal escassez de novos empregos
que deveriam ser gerados por iniciativa da Prefeitura Municipal de Porto
Alegre. Em 16 anos, o PT não solucionou o problema das inundações.
Agora
está em foco o Centro de Porto Alegre. Só se combate o comércio informal
criando novos postos de trabalho, novas vagas de emprego e se fazendo uma
triagem séria, como deveria ser feita, colocando essas pessoas que se encontram
no comércio de rua, que ali estão porque ali encontram meios para sobreviver. Cria-se
o emprego, busca-se a pessoa qualificada para aquele trabalho e retira-se essa
pessoa da profissão de camelô. Mas pode-se, também, como existe nas grandes
cidades, criar-se o chamado camelódromo, que nada mais é do que um local fixo,
definido na cidade, que pode ser apenas em um local, em dois ou em três locais,
isso depende da forma como operacionalizar o trabalho. Mas é preciso, claro,
que se faça um trabalho sério de triagem junto aos camelôs para se saber,
realmente, quem é quem, o que vende, de onde vem o produto, sua origem de
fabricação. Feita a triagem das pessoas que exercem a profissão de camelô, um
local definido para todos, criando-se um comércio ao ar livre, como existe nas
grandes cidades do mundo, que é o tal de camelódromo. Mas nada se resolve
quando não se tem vontade política. E o problema dos camelôs não pode ser
resolvido à base do cassetete e da polícia, não! Camelô é um ser humano como
outro qualquer, que busca na sua atividade a sua própria sobrevivência. O meu
sonho é de que em cada período eleitoral, como é costume na política, o Partido
ou Partidos que fazem o Governo se decidam por atacar o problema de forma
prática e objetiva. Para mim, havendo solução para o problema, Ver. Ervino
Besson, pouco me importa se é ou não uma jogada política-eleitoreira. Não me
interessa! Temos até o dia 3 de outubro para que seja encontrada uma solução
para os camelôs; do contrário, talvez só em 2006 - quando teremos, de novo,
eleições.
Agora
o céu: não sou crítico político por ser crítico político ou por exercer também,
com muito orgulho, a profissão de jornalista e radialista. Não. Não só critico,
pois gosto de reconhecer e enaltecer as medidas que são tomadas em benefício do
povo, não faço politicagem, tento aprender política. A decisão da Prefeitura de
fazer convênio com o Hospital Moinhos de Vento para se instalar um complexo de
saúde no bairro da Restinga - bairro que é praticamente uma cidade - merece, da
minha parte, o aplauso e o apoio incondicional para que a parceria realmente
aconteça e para que os moradores da Restinga possam ver um grande problema
sendo resolvido. A Restinga é um dos mais distantes bairros da cidade de Porto
Alegre e o restinguense, ao precisar de atendimento médico, precisa se deslocar
para encontrar esse serviço público. A construção do Hospital Geral da Restinga
é uma das maiores notícias, nos últimos dias, em nossa Cidade. Além de atender
os moradores daquele bairro e de bairros vizinhos, irá desafogar o Hospital
Belém e até o Pronto Socorro Municipal - o velho HPS, que atende o Estado do
Rio Grande do Sul. É fantástico esse convênio que vai ser firmado entre a
Prefeitura e o Hospital Moinhos de Vento. Que esse convênio seja feito amanhã,
com o Sr. Prefeito Municipal, e executado “ontem”; para que, passadas as eleições
de 3 de outubro, não caia no esquecimento e fique o dito pelo não dito, como
aconteceu e acontece com o Centro Industrial da Restinga, que virou mato, e as
empresas que ali deveriam se instalar com benefícios municipais, gerando
emprego para os desempregados da Restinga, até agora são empresas-fantasma, não
existem.
Meu
aplauso ao convênio que será assinado amanhã, entre a Prefeitura de Porto
Alegre e o Complexo Hospitalar Moinhos de Vento, para a construção do Hospital
Geral da Restinga. Os moradores da Restinga, sensibilizados, agradecem. E eu,
em nome deles, também. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maria Celeste está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
Srs. Vereadores, acho que vou adotar a linha do Vereador - se me permite, Ver.
Haroldo de Souza -, do céu e do inferno.
Do
inferno que o senhor fala da questão dos camelôs, da questão do comércio
informal, da questão do combate à pirataria, dos quatrocentos camelôs
cadastrados no Centro da Cidade, da revitalização do Centro da Cidade, que, aos
poucos, nós conscientemente temos tentado produzir uma nova fórmula, uma nova
relação com o comércio informal no Centro da Cidade, tentando sair disso que o
senhor fala, do inferno, e construindo um Centro revitalizado, um Centro que
possa estar transformando cada vez mais a vida das pessoas em uma cidadania
concreta no seu dia-a-dia.
Esse
inferno que o senhor fala, da questão dos alagamentos, que muito nós temos
construído na cidade de Porto Alegre. E eu quero, aqui, trazer um exemplo de
apenas uma rua, no bairro Sarandi, que, há 40 anos sofria com o problema dos
alagamentos e que conseguiu, através da mobilização da comunidade no Orçamento Participativo,
resolver um problema de alagamento lá na Rua Oliveira Lopes, no bairro Sarandi;
que, para aquelas pessoas que moram no entorno, certamente transformou-se num
céu. Acho que nós temos muito que comemorar e muito que falar. Temos problemas
na nossa Capital, com certeza. Porto Alegre não é uma ilha, não vive isolada do
mundo, não vive isolada dos problemas do País, não vive isolada dos problemas
do Governo do Estado.
Então,
temos de falar muito, sim, dos infernos e dos céus. Mas eu gosto muito mais de
ser positiva e de falar dos céus, Ver. Haroldo de Souza, e de poder acreditar
que esse céu que a gente olha seja construído aqui no nosso dia-a-dia.
Principalmente, porque, ontem, o nosso Prefeito, pela terceira vez, recebeu o
prêmio Destaque Prefeito Amigo da Criança. E o que significa esse prêmio para
nós? A Cidade de Porto Alegre foi a única cidade no País a receber essa
distinção por três vezes seguidas: Prefeito Amigo da Criança. Significa que o
céu que nós estamos construindo há muitos anos na Cidade de Porto Alegre, nós
queremos continuar construindo. E significa que esse prêmio diz que Porto
Alegre respeita as ações, as questões das crianças e dos adolescentes, mas
fundamentalmente tem uma política voltada para a assistência social, para a educação,
principalmente para a educação infantil, para a saúde, construindo aqui, em
Porto Alegre, o céu importante para todos nós. Quero lembrar alguns dados
importantíssimos: Porto Alegre foi a primeira Capital do País a implantar os
Conselhos Tutelares. São oito microrregiões construídas a partir de uma nova
lógica no nosso País, com o Estatuto da Criança e do Adolescente, implementando
não só os Conselhos Tutelares, mas os conselhos municipais: o Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Fórum Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, o Fundo Municipal, que gerencia, com
parcerias de Organizações Não-Governamentais, as verbas destinadas para as
crianças e para os adolescentes do nosso Município. Eu sou muito otimista. O
céu é aqui! Nós queremos construir esse céu. Apesar das dificuldades, apesar
das questões que são apontadas cotidianamente desta tribuna, eu acredito que
nós podemos lutar, cada vez mais - e o Ver. Haroldo me inspirou com a sua
crônica – para construir esse céu aqui.
Nós,
que temos uma expectativa de vida de 70 anos nesta Cidade, temos muito que
construir e muito que nos alegrar com esse céu que vivemos aqui no nosso
dia-a-dia. Noventa e sete por cento da população acima de dez anos é
alfabetizada. Isso significa céu na cidade de Porto Alegre. Não é à toa que o
nosso Prefeito, pela terceira vez, recebe o “Selo Prefeito Amigo da Criança” no
nosso País, de uma das instituições mais reconhecidas que é a Abrinq, que todos
nós conhecemos. Isso é fruto de um trabalho não só da Prefeitura Municipal,
mas, sobretudo, das organizações não-governamentais, dos servidores da
Prefeitura Municipal, dos funcionários da Prefeitura Municipal, que trabalham
com a política da assistência social implementada com as políticas sociais, fazendo
toda a interseção entre as Secretarias para poder, efetivamente, no nosso
cotidiano, construir o céu a que o Ver. Haroldo de Souza referiu-se nessa
crônica do nosso dia-a-dia e que me inspirou. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maria Celeste está com a palavra
para discutir a Pauta Especial. (Pausa.) Desiste. O Ver. Ervino Besson está com
a palavra para discutir a Pauta Especial. (Pausa. ) Desiste.
Uma
vez cumprida a ordem dos trabalhos, encerro esta Sessão agradecendo a presença
e o prestígio da Verª Maria Celeste e do Ver. Haroldo de Souza até agora, que
me enaltecem e enaltecem a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, e a todos os
funcionários que permanecem conosco até este momento.
(Encerra-se
a Sessão às 16h50min.)
* * * * *